O bioengenheiro Kibret Mequanint e sua equipe de colaboradores descobriram uma nova utilidade para o veneno de cobra: a substância pode ser transformada em uma ‘supercola’ de tecido corporal que pode parar sangramentos potencialmente fatais em questão de segundos.
Segundo o Phys.org, Mequanint já é conhecido por desenvolver uma série de dispositivos médicos baseados em biomateriais. Sua última descoberta é baseada em uma enzima de coagulação, a reptilase (ou batroxobina), uma substância encontrada no veneno das jararacas, que estão entre as cobras mais venenosas do Brasil e da América do Sul.
Aproveitando essa propriedade única de coagulação, Mequanint criou um potente adesivo que incorpora essa enzima especial em uma espécie de gelatina. O material pode ser embalado em pequenos tubos para uma aplicação fácil e rápida, aumentando as chances de salvar vidas.
“Prevemos que a ‘supercola’ será usada para salvar vidas no campo de batalha ou outros traumas acidentais como acidentes de carro”, disse Mequanint. “Seu aplicador caberá facilmente em kits de primeiros socorros”.
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Se comparado com a cola tradicional feita de fibrina, considerada o padrão da indústria para os cirurgiões clínicos, o novo selante possui 10 vezes mais força adesiva. O tempo de coagulação do sangue também é muito mais curto, passando de 90 segundos para apenas 45 segundos.
O super-selante já foi testado com sucesso em cortes profundos na pele, rompimento da aorta e até em fígados gravemente feridos. A novidade também poderá ser usada no futuro para fechar feridas cirúrgicas sem a necessidade de sutura.
Fonte: Phys.org
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