Rússia envia novo módulo da Estação Espacial Internacional ao espaço

Rafael Rigues21/07/2021 14h53, atualizada em 22/07/2021 10h43
Nauka
O novo módulo Nauka da sia passa por testes no Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão (Crédito da imagem: Roscosmos)
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Após anos de atrasos, a Rússia finalmente enviou nesta quarta-feira (21) o módulo científico Nauka rumo à Estação Espacial Internacional (ISS). O novo componente da estação decolou a bordo de um foguete Proton-M a partir do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, às 11h58 (horário de Brasília).

Cerca de 13 minutos após o lançamento, a Agência Espacial Russa (Roscosmos) confirmou que o Nauka acionou com sucesso seus painéis solares e antenas, marcando o início de uma jornada de oito dias que irá terminar com seu acoplamento à ISS em 29 de julho.

Mas antes que o Nauka possa ser conectado à ISS, o atual módulo Pirs será desconectado pela espaçonave de carga Progress MS-16 nesta sexta-feira (23). A espaçonave, carregada com lixo produzido pelos tripulantes, e o antigo módulo serão incinerados durante a reentrada na atmosfera quatro horas após a separação.

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Pesando 22 toneladas o módulo, que é oficialmente chamado Multipurpose Laboratory Module (MLM), será a maior “sala” da ISS, e substituirá o módulo Pirs que foi acoplado ao laboratório orbital em 2001 e será em breve descartado na atmosfera.

O Nauka, cujo nome em significa “ciência”, em Russo, deveria ter sido originalmente lançado em 2007. Ele inclui um novo braço robótico chamado European Robotic Arm (ERA), que será usado para manipulação de equipamentos e experimentos no exterior do lado russo da estação, complementando o já existente Canadarm 2 no lado norte-americano.

Módulo Nauka, no centro da imagem, sendo preparado para montagem no foguete Proton-M antes do lançamento. Imagem: Roscosmos.

Com 13 metros de comprimento e 4,3 metros de diâmetro, o módulo abrigará um laboratório de pesquisa e também uma “cama” extra para um cosmonauta, além de um banheiro, um sistema de regeneração de oxigênio e equipamento para reciclagem de urina e produção de água.

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Redator(a)

Rafael Rigues é redator(a) no Olhar Digital