A SAP atingiu recentemente uma marca rara ao ter apenas mulheres no comando de suas unidades da América Latina. O fato, difícil de se ver em companhias e, mais ainda, em empresas do setor de tecnologia, se concretizou após a nomeação de Marcela Perilla como diretora-geral da Região Norte da América Latina. 

“Temos concentrado esforços em equilibrar nossa equipe de liderança, abrindo mais portas e oferecendo oportunidades para mulheres talentosas. Ter mulheres liderando nossas unidades nos enche de grande satisfação e é uma mensagem para o mercado de que há mulheres preparadas para ocupar tais cargos”, afirma a presidente da SAP América Latina e Caribe, Cristina Palmaka. 

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Elas no comando: SAP atinge marca de liderança apenas por mulheres na América Latina. Imagem: Shutterstock

Segundo a multinacional alemã, a América Latina é a primeira região no mundo dentro da companhia a ter uma liderança 100% feminina.

Marcela, a nova contratada, trabalhou em diferentes países e tem larga experiência na América Latina, tendo passado também pela Dell durante oito anos.

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Agora, a executiva se une à Ángela Gómez, nomeada há sete meses para liderar o México; Adriana Aroulho, há pouco mais de um ano à frente do Brasil, e Claudia Boeri, há dois anos e meio na região Sul da América Latina, o que inclui Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Perú e Uruguai.

A chamada Região Norte da América Latina, que a nova executiva irá comandar, inclui América Central, Caribe, Colômbia, Equador e Venezuela.

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A empresa também afirma ter outras medidas para subsidiar não apenas o empoderamento de profissionais mulheres, mas a inclusão de pessoas de diferentes etnias, gerações, identidades de gênero e deficiências.

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“A SAP é signatária do Pacto Global da ONU e sou uma das lideranças do programa no Brasil, como porta-voz do ODS 10, que visa a redução das desigualdades. Entendo que a inclusão e a diversidade de pensamento são boas para os negócios e fortes fatores de desenvolvimento econômico e social. Eu me envolvo pessoalmente com as equipes da SAP para impulsionar essa pauta e em todas as redes de colaboradores nos temas que envolvem mulheres, negros, a comunidade LGBTQIA+ e as pessoas com deficiência”, acrescenta Adriana Aroulho, presidente da SAP Brasil. 

A empresa está presente em 130 países e tem como objetivo ter metade dos cargos ocupados por mulheres até 2030.

A iniciativa em prol de maior equidade e diversidade, apesar de ser uma vitória, teve início em meio a um passado recente conturbado e cujos desdobramentos a empresa tenta modificar. Em 2019, a multinacional havia nomeado Jennifer Morgan como co-CEO da companhia.

Ela seria primeira mulher a comandar a SAP global, mesmo que de forma compartilhada com o atual CEO, Christian Klein. Com a chegada da pandemia da Covid-19 e a crise global, a empresa decidiu demitir a executiva e concentrar o comando apenas em Klein.

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