Uma pesquisa da Universidade da Cidade de Birmingham, no Reino Unido, apontou que os novos pais tendem a viver períodos difíceis no período pós-natal, logo após do nascimento do bebê.

De acordo com o estudo, o principal motivo para isso seria a frequente comparação com outros pais por meio das diversas redes sociais existentes, aumentando o risco do desenvolvimento de depressão pós-parto nos homens.

publicidade
Homem sentado na cama com as mãos na cabeça
Redes sociais influenciam na depressão pós-parto nos homens. Imagem: Tzido Sun/Shutterstock

A pesquisadora relatou que os pais do bebê afirmam que existe uma grande pressão da sociedade tanto presencialmente quanto on-line, mas que os recursos para apoio e preocupação com a saúde paterna são muito poucos, quase que inexistentes.

“Esta pesquisa tem implicações clínicas, já que essas descobertas podem informar os profissionais de saúde sobre os fatores de risco da depressão pós-parto, desafios no ajuste à paternidade, bem como a linguagem relacionada à depressão pós-parto”, avisam os pesquisadores.

publicidade

Postagens sobre depressão pós-parto

Durante o estudo, os cientistas realizaram uma série de entrevistas e analisaram as postagens em redes sociais sobre a depressão pós-parto. Ao interpretar os posts, pode-se constatar que as mulheres tecem comentários mais autocentrados e recebem maior apoio, enquanto os homens tendem a focar em outras pessoas quando discutem o tema.

“A saúde mental paterna parecia ser negligenciada tanto no contexto médico quanto no digital, de acordo com as entrevistas com os pais”, explicou a pesquisadora Iris-Anda Ilies.

publicidade

Leia também!

Os pesquisadores esperam que as descobertas possam ajudar no desenvolvimento de materiais de treinamento e na melhoria de exames e tratamentos também focados na assistência paternal no período pós-natal.

publicidade

O intuito da pesquisa é mostrar que as redes sociais podem desencadear graves consequências ao pressionar diversos pais e não ajuda-los no que for necessário.

Obviamente, vale ressaltar que a pressão sobre a mulher segue sendo muito maior, mas o ponto em questão na pesquisa é fornecer atendimento e uma rede de apoio à ambos, de acordo com a necessidade apresentada.

Já assistiu aos nossos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!