O Instagram comunicou, nesta terça-feira (27), uma série de atualizações para tornar a plataforma mais segura para os adolescentes. As novidades incluem uma padronização de conta privada para os usuários com menos de 16 anos – ou menos de 18 em certas localidades, como o Brasil. Além disso, o aplicativo anunciou uma nova tecnologia destinada a reduzir o contato indesejado de adultos com os adolescentes e também uma mudança na divulgação de anúncios para esse público.

Quando os usuários se inscrevem em uma nova conta no Instagram, eles são solicitados a escolher entre uma conta pública ou privada. Contudo, uma pesquisa da plataforma descobriu que 8 em cada 10 contas de pessoas mais jovens selecionam a opção “privado” durante a configuração, Dessa maneira, o Instagram decidiu que agora vai tornar essa opção um padrão para os menores de 16 anos (ou de 18, dependendo da lei da região).

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A novidade, no entanto, não obrigará os adolescentes a permanecerem privados no Instagram. Eles poderão mudar para contas públicas a qualquer momento, inclusive durante a inscrição. Isso quer dizer que a plataforma não forçará os usuários a se tornarem privados, sendo apenas uma recomendação de segurança. Os adolescentes que já possuem contas públicas serão alertados sobre os benefícios de se tornarem privados com instruções sobre como fazer a mudança por meio de uma notificação no aplicativo.

Adolescentes relatam assédio sexual nas escolas. Imagem: Dragana Gordic/ Shutterstock
Atualizações anunciadas pelo Instagram prometem tornar a plataforma um local mais seguro para os adolescentes. As novidades incluem recomendação de conta privada, nova tecnologia capaz de restringir assédio dos adultos e mudanças nos anúncios para esse tipo de público.

Essa atualização segue uma tendência já adotada por outras redes sociais, como o TikTok. Em janeiro, a plataforma de vídeos curtos informou que atualizaria as configurações e padrões de privacidade para os adolescentes. No caso do TikTok, o perfil privado se tornou um padrão para os usuários de 13 a 15 anos. O aplicativo também reforçou outros controles relacionados a como esse público usa seus serviços – com recomendações para comentários, downloads de vídeos e outros recursos do TikTok, como duetos e pontos.

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O Instagram certamente não irá tão longe. Porém, seus desenvolvedores prometem ampliações para resolver alguns dos problemas que resultam da participação de adultos no mesmo espaço que os menores. Recorrentemente, por exemplo, meninas são sexualizadas e assediadas por homens adultos. A empresa diz que usará uma nova tecnologia para identificar esse tipo de comportamento e também garante que vai reforçar os canais de denúncia.

Uma vez identificados, as contas desses adultos serão restringidas para que não possam mais interagir com usuários mais jovens. Apesar disso, qualquer adolescente que planeje denunciar e/ou bloquear seus pais provavelmente não irá acionar o algoritmo, já que ele usa uma combinação de sinais para acionar suas restrições.

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Outra grande mudança anunciada pelo Instagram deve afetar empresas que buscam segmentar anúncios para os adolescentes. As opções disponíveis até o momento são baseadas nos interesses ou atividades dos jovens em outros aplicativos ou sites. No entanto, em breve essas configurações não estarão mais disponíveis. Em vez disso, os anunciantes poderão segmentar com base na idade, sexo e localização. Isso entrará em vigor não só no Instagram, mas também no Facebook e no Messenger.

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A restrição de publicidade foi influenciada por recomendações dos órgãos de defesa da criança e do adolescente, que disseram que os jovens podem não estar preparados para tomar decisões relacionadas à exclusão dos anúncios baseados em interesses. Além do mais, os menores não possuem autonomia para compras.

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