Xiaomi vai superar Samsung e será líder global de smartphones, afirma levantamento

Pesquisa preliminar da Counterpoint Research aponta para mudança no ranking mundial, mas Samsung deve recuperar liderança com seus dobráveis
Por Rafael Arbulu, editado por André Lucena 05/08/2021 13h57, atualizada em 05/08/2021 15h45
Gigante chinesa no mercado de smartphones, Xiaomi atua
Gigante chinesa no mercado de smartphones, Xiaomi atua "por trás dos panos" para entrar no mercado de carros. Imagem: testing / Shutterstock.com
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De acordo com novos dados preliminares da Counterpoint Research, a Xiaomi deve superar a Samsung e tomar a liderança no ranking global de vendas de smartphones. As informações levam em conta o amplo crescimento da chinesa, versus restrições técnicas enfrentadas pela sul-coreana.

Entretanto, a mesma Counterpoint aponta que o sonho terá vida curta: a Samsung deve retomar a frente após o lançamento de sua nova geração de smartphones dobráveis – a expectativa é a de que a empresa os revele no evento Galaxy Unpacked, programado para o próximo dia 11.

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Imagem mostra o Mi 11 Ultra, smartphone topo de linha da Xiaomi, que deve superar a Samsung e tomar o primeiro lugar no ranking de vendas de smartphones
O smartphone topo de linha Mi 11 Ultra, da Xiaomi, é apontado como um dos responsáveis pelo sucesso da empresa, que deve superar a Samsung no volume de vendas globais de celulares. Imagem: Jack Skeens/Shutterstock

Até junho deste ano, as vendas mensais da Xiaomi aumentaram em 26%, dando à empresa uma fatia de mercado de 17,1%, enquanto a Samsung não passou dos 15,7%. Especificamente, o levantamento da Counterpoint cita o Redmi Note 10 como o principal intermediário do mercado na atualidade, enquanto o topo de linha Mi 11 Ultra briga de igual para igual com as principais marcas de alto padrão do setor.

“Desde que a queda da Huawei começou, a Xiaomi vem promovendo esforços consistentes e agressivos para preencher o vazio deixado por esse declínio”, disse Tarun Pathak, diretor da Counterpoint. “A fabricante tem se expandindo em cima dos legados da Huawei e Honor em mercados como China, Europa, Oriente Médio e África. Em junho, a Xiaomi teve auxílio extra da recuperação desses setores, enquanto a Samsung enfrentou restrições ligadas à cadeia de fornecimento”.

Provavelmente, Pathak está se referindo à fábrica da Samsung no Vietnã, que foi forçada a fechar devido ao avanço da Covid-19 no país. A empresa sul-coreana inaugurou a planta no início de março de 2020 – justamente o mês em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o novo coronavírus (Sars-Cov-2) como um caso de pandemia.

Isso, aliado também às dificuldades de fornecimento de componentes para a produção de chips de processamento – algo que afetou diversas empresas multinacionais.

Enquanto isso, a Xiaomi parece estar surfando em uma onda não só alta, mas duradoura: antes dos dados mais atuais da Counterpoint, a fabricante chinesa já havia superado a Apple na escala global (tornando-se a segunda maior fabricante do mundo), e depois bateu a própria Samsung no mercado europeu.

Resta saber se a previsão da Counterpoint vai se confirmar: se sim, então a fase “Xiaomi líder” será curta e superada pela Samsung, ainda em agosto.

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Jornalista formado pela Universidade Paulista, Rafael é especializado em tecnologia, cultura pop, além de cobrir a editoria de Ciências e Espaço no Olhar Digital. Em experiências passadas, começou como repórter e editor de games em diversas publicações do meio, e também já cobriu agenda de cidades, cotidiano e esportes.

André Lucena
Ex-editor(a)

Pai de três filhos, André Lucena é o Editor-Chefe do Olhar Digital. Formado em Jornalismo e Pós-Graduado em Jornalismo Esportivo e Negócios do Esporte, ele adora jogar futebol nas horas vagas.