Com o avanço da tecnologia e da automação, os robôs têm se tornado cada vez mais realistas, e, além disso, as peles artificiais também estão mais parecidas com a pele humana. Isso nos permite pensar que as tecnologias e design para robôs sexuais devem se tornar mais populares nos próximos anos, o que levanta uma questão importante: como os legisladores vão tratar o sexo com robôs?

Um artigo recente publicado na revista especializada em direito The Bulletin, da região do sul da Austrália, tentou responder, em partes, esta questão. Os pesquisadores jurídicos, que são da Universidade Flinders, analisaram uma série de fatores que poderão ser considerados pelos legisladores australianos em relação à posse, aquisição e importação dos chamados “sexbots”.

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Elogios

Por um lado, alguns legisladores defendem que robôs sexuais podem ser benéficos, principalmente para capacitar pessoas mais velhas ou com algum tipo de deficiência, abordando questões que são relacionadas a ansiedade que têm o sexo como gatilho, podendo tratar disfunções com a criação de um ambiente seguro para pessoas LGBTQIA+ que se sentem inseguras com sua sexualidade.

Em um estudo recente, pesquisadores descobriram que robôs sexuais podem ser benéficos para pessoas com ansiedade social, pessoas com problemas para conseguir um parceiro ou parceira sexual, mas não se sentem confortáveis em recorrer à prostituição e homens com problemas de ejaculação precoce.

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Críticas severas

Um sexbot masculino
Os rob^s sexuais masculinos também estão ganhando um aspecto cada vez mais realista. Crédito: Youtube/Andrea Morris

Já os críticos, argumentam que os robôs sexuais objetificam mulheres e têm o potencial de aumentar a violência sexual contra mulheres e podem aumentar o risco de violência de gênero por dessensibilizar pessoas quanto à forma que elas enxergam e tratam outros seres humanos. Isso é especialmente preocupante, já que alguns robôs podem ser programados para não consentir com o sexo.

Especificamente para os legisladores australianos, os avanços na tecnologia de sexbots e a crescente demanda por esses robôs significa que os legisladores devem ser confrontados com pedidos por regulamentação desses dispositivos em um futuro próximo, segundo Madi McCarthy, que realizou uma pesquisa sobre esse tópico para a Escola de Negócios, Lei e Governança.

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Novos problemas

Segundo ela, os legisladores precisarão equilibrar interesses individuais e públicos, que não necessariamente se conversam, mas são bastante complexos e apresentam desafios éticos, regulatórios e legais conforme a tecnologia avança. Hoje, nenhuma lei regula os sexbots, mas existem leis na Austrália que proíbem que bonecas eróticas tenham aparência infantil, por exemplo.

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Os autores do artigo acreditam que regulamentos parecidos serão impostos para os robôs sexuais no futuro, mas existem novos fatores que precisam ser considerados, como a questão do consentimento e outros fatores que possam ter como resultado a dessensibilização ou a desumanização de outros seres humanos.

Com informações do Phys

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