O grupo fundamentalista Talibã tomou o poder no Afeganistão há poucos dias e já preocupa toda a população local, que tenta fugir do país e até mesmo apagar os registros feitos em redes sociais com medo de possível perseguição.
Os afegãos acreditam que o grupo extremista pode utilizar das informações obtidas na internet para punir e perseguir aqueles que descumpram o regulamento fundamentalista religioso que é imposto.

De acordo com o portal Wired, além de pessoas apagando dados on-line, muitas outras querem apenas esconder os registros, pensando que eles podem funcionar como uma ferramenta para deixar o país em breve.
O site internacional afirma que a realização de uma filtragem em postagens nas redes sociais partiu da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), que enviou a diversos parceiros um e-mail solicitando que fotos e informações pessoais expostas sejam excluídas já que poderiam tornar os indivíduos vulneráveis.
“O Talibã certamente sabe como usar a tecnologia. A única maneira sensata de abordar isso é presumir o pior e planejar para isso. Seria tolice pensar que não há risco”, disse o consultor sênior da Human Rights First, Brian Dooley. A organização de direitos humanos chegou a elaborar um manual de como excluir seu histórico on-line.
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Facebook continua banindo postagens de apoio ao Talibã
O Facebook anunciou que segue a banindo publicações do Talibã e de usuários que apoiem o grupo. O comunicado vem após o regime voltar ao comando de Cabul, capital do Afeganistão, depois que as tropas dos Estados Unidos começaram a deixar o país. A rede social vai contar com o apoio de especialistas fluentes em idiomas afegãos.
A regra inclui também outras plataformas do grupo, como o WhatsApp e o Instagram. O mensageiro, inclusive, foi apontado como uma das formas de comunicação do Talibã, o que motivou a ação do Facebook em suas redes. Apesar de já possuir regras contra conteúdo extremista, a empresa deve direcionar seus esforços para a crise no Afeganistão nesse momento.
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