O Facebook anunciou que decidiu banir o Talibã de suas plataformas e WhatsApp esclareceu que não conseguirá cumprir a medida porque não tem acesso aos textos publicados. Segundo o The Washington Post, o Talibã envia mensagens aos residentes do Afeganistão dizendo que eles estão encarregados da segurança na cidade agora, e que os cidadãos deveriam denunciar qualquer pilhagem ou comportamento “irresponsável” a eles.
Uma das mensagens atribuída aos radicais, citadas na reportagem, dizia: “O Emirado Islâmico garante que ninguém deve entrar em pânico ou sentir medo. O Talibã está conquistando a cidade sem lutar e ninguém correrá risco”.
Com isso, um porta-voz do WhatsApp não quis falar sobre a resposta da empresa ao uso de sua plataforma pelo Talibã, mas ressaltou a dificuldade de fazer isso sem ter acesso a nenhuma das mensagens, visto que o aplicativo usa criptografia ponta a ponta.
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Isso explicaria por que o WhatsApp não tomou medidas contra relatos de que o Talibã está usando a plataforma para espalhar mensagens para cidadãos afegãos enquanto tomam conta do país. O porta-voz explicou que “como um serviço de mensagens privadas, não temos acesso ao conteúdo das conversas entre os usuários. No entanto, se tomarmos conhecimento de contas presentes no WhatsApp pertencentes a indivíduos ou organizações banidas, entraremos em ação.”
Além disso, a Wired ressaltou que o uso das plataformas de comunicação modernas pelo Talibã não é diferente do caso de outros regimes autoritários como o do Irã, que utiliza o Twitter e o Instagram para compartilhar suas mensagens com o Ocidente.
Fonte: UOL
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