A ceratoconjutivite seca, popularmente conhecida como síndrome do olho seco, afeta cerca de 8% a 30% da população em geral acima dos 40 anos. A doença atinge, principalmente, pacientes com glaucoma, afetando de 40% a 59% dessa população.

A síndrome do olho seco normalmente causa dor, ardência, irritação, coceira, vermelhidão e sensação de corpo estranho nos olhos. Sintomas que dificultam a realização de atividades simples do cotidiano, como ler, dirigir e assistir televisão ou usar o celular.

Paciente com Glaucoma
Síndrome do olho seco pode afetar 6 em cada 10 pessoas com glaucoma. Créditos: Shutterstock

Alguns estudos apontam que o motivo que liga as duas doenças é o tratamento do glaucoma. Os medicamentos utilizados para controlar a pressão intraocular (PIO), principal fator de risco para o glaucoma, podem afetar a saúde do filme lacrimal, resultando no olho seco.

“O uso de colírios para o tratamento do glaucoma é uma estratégia importantíssima para o controle da pressão intraocular. Entretanto, com o tempo, há efeitos adversos desses fármacos que causam um desequilíbrio no filme lacrimal”, afirma a oftalmologista Maria Beatriz Guerios.

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A oftalmologista explica que os colírios possuem conservantes e excipientes que alteram estruturas celulares, causando anormalidade no filme lacrimal. As alterações podem resultar no olho seco, mas também uma inflamação crônica na superfície ocular, além de reduzir a adesão do paciente ao tratamento.

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Guerios reforça que as duas doenças devem ser tratadas o mais rápido possível, evitando o uso de colírios e medicamentos que aumentem a condição inflamatória. Dependendo das condições, os pacientes podem chegar a ser submetidos a intervenção cirúrgica.

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