Nasa paga prêmio de US$ 500 mil por tecnologia de mineração da Lua

Treze organizações receberam o prêmio, cujo total foi dividido, para extração de recursos lunares, como por exemplo a água vinda do gelo
Rafael Arbulu23/08/2021 13h50
Imagem mostra a lua por trás de algumas nuvens, e o mar refletindo a sua luz no pé da foto
Imagem: Alexandr Belous/Shutterstock
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Cerca de 13 organizações científicas – entre empresas e escolas – receberam da Nasa um valor dividido de US$ 500 mil (cerca de R$ 2,69 milhões) para financiar a criação de tecnologia de mineração do solo lunar. O recurso é uma das principais diretrizes da Nasa para o retorno do homem à Lua, previsto para (talvez, com sorte) 2025.

A extração de recursos da Lua é algo visto com extrema importância pela agência espacial americana. Isso porque o nosso satélite tem enormes camadas de gelo sobre e sob a sua superfície, o que poderia ser aproveitado para reforçar a disponibilidade de água para os habitantes da Terra, por exemplo.

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Imagem mostra a superfície lunar durante a noite: Nasa paga prêmio de US$ 500 mil por tecnologia de mineração da Lua
A superfície da Lua conta com camadas de gelo que, segundo a Nasa, podem ser extraídas para aliviar as demandas pro água de dentro da Terra. Imagem: taffpixture/Shutterstock

O dinheiro é o prêmio resultante do programa “Break the Ice” (“Quebre o Gelo”, na tradução literal): “expandir nosso rol de ideias para escavar recursos lunares de forma segura e responsável exige o desenvolvimento de novas tecnologias”, disse Monsi Roman, gerente do programa no Centro de Voos Espaciais Marshall da Nasa, em Huntsville, Alabama.

“Os sistemas-conceito desenvolvidos a partir desse programa permitirão [a execução de] operações lunares sustentáveis, pavimentando o caminho para que nós possamos converter o gelo lunar em recursos vitais, reduzindo as necessidades de suprimentos da Terra”, acrescentou o gerente.

A Redwire Space ficou em primeiro lugar no programa, apresentando um conceito que usa dois rovers (veículos de exploração terrestre, como o Curiosity e o Perseverance, em Marte) atuando em conjunto: um mais leve, para transporte de recursos; e outro mais pesado, com equipamentos de perfuração e extração. A empresa levou US$ 125 mil (R$ 672,05 mil).

Outros US$ 75 mil (R$ 403,23 mil) foram concedidos à Escola de Mineração do Colorado, que criou um sistema quase igual ao anterior, mas com três rovers ao invés de dois. A Austere Engineering ficou em terceiro lugar (US$ 50 mil, ou R$ 268,82 mil) com o seu conceito, que envolve o uso de uma espécie de arado rotativo. Outras 10 instituições seguem o ranking, cada uma levando US$ 25 mil (R$ 134,41 mil).

O programa Break the Ice foi inaugurado em novembro de 2020, com 31 equipes de empresas ou instituições de ensino avançado participando de 17 estados dos EUA. Entretanto, ele ainda não acabou: a Nasa informou em comunicado que fases futuras podem sair da apresentação de conceito e passar para o desenvolvimento de hardware.

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Jornalista formado pela Universidade Paulista, Rafael é especializado em tecnologia, cultura pop, além de cobrir a editoria de Ciências e Espaço no Olhar Digital. Em experiências passadas, começou como repórter e editor de games em diversas publicações do meio, e também já cobriu agenda de cidades, cotidiano e esportes.