Depois de um relatório sobre os links mais acessados no segundo trimestre do ano, o Facebook acabou sendo exposto e omitiu o alcance do conteúdo com desinformação na plataforma em dados anteriores. Isso porque na semana passada, a rede social publicou quais são os posts de maior sucesso nos Estados Unidos entre os meses de abril e junho.
O documento do Facebook divide os conteúdos em métricas como visualizações e compartilhamentos. No topo de posts mais populares, se encontrava postagens de cunho divertido ou de comportamento, jogo de palavras para o leitor “definir a sua realidade” ou um desafio para pessoas com mais de 30 anos postarem fotos em que parecem jovens para a idade, por exemplo.
Na última sexta-feira (20), o The New York Times publicou uma reportagem afirmando que, nos três primeiros meses de 2021, o post mais visualizado pelos norte-americanos no Facebook foi o de uma notícia, distribuída pelo Chicago Tribune e que contava sobre um médico que morreu após tomar a vacina contra a Covid-19.
Após isso, a empresa admitiu que se absteve de publicar o relatório sobre o primeiro trimestre, com as informações sobre a notícia do médico. A informação foi dada através de um tuíte do porta-voz, Andy Stone. O Facebook preparou o relatório sobre as postagens mais vistas de janeiro a março de 2021, porém, decidiu não publicá-lo “porque havia correções importantes para o sistema que queríamos fazer”, afirmou o executivo.
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Entretanto, a exposição pela reportagem fez com que a companhia admitisse o fato e publicasse os dados do primeiro trimestre, confirmando o caso. Por mais que o Facebook proíba postagens que contenham informações falsas sobre vacinas ou que desencorajem as pessoas a se vacinarem, a empresa assume a posição de que é mais eficaz permitir que as pessoas discutam riscos potenciais e questões sobre saúde, em vez de banir o conteúdo.
No Twitter, um funcionário do Facebook debateu o conceito de desinformação e a dificuldade da rede social para moderar as situações que surgem neste contexto.
Fonte: UOL
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