No filme “Her”, de 2013, Theodore, personagem de Joaquin Phoenix, se apaixona pela voz do novo sistema operacional de seu computador, dando início a uma estranha história de amor entre ambos. No clássico de William Shakespeare, Romeu e Julieta, o relacionamento entre o casal protagonista é uma das mais célebres histórias de amor proibido de todos os tempos.
Agora, imagine a mistura entre amor estranho e amor proibido. Isso talvez possa descrever o “relacionamento” entre Adie Timmermans e Chita: uma mulher e um chimpanzé macho. E, como em toda história de amor proibido, o “casal” foi impedido de continuar se vendo.
Isso aconteceu na Bélgica, no zoológico da Antuérpia, local que Adie vinha frequentando há cerca de quatro anos. Lá, a belga passava horas na área dos chimpanzés, trocando acenos, gestos de carinho e até beijos (pelo vidro) com Chita.
Zoológico alega que Chita sofreu problemas de socialização com outros chimpanzés
No entanto, a administração do zoo decidiu por fim ao suposto caso de amor entre Adie e Chita. Isso porque a história vinha prejudicando a socialização entre o chimpanzé e os demais animais de sua espécie que dividem com ele o espaço.
“Quando Chita está constantemente cercado por visitantes, os outros animais o ignoram e não o consideram parte do grupo”, explicou a curadora do zoológico Sarah Lafaut à ATV, emissora de televisão belga.
Segundo Sarah, o animal passa em torno de 15 horas (fora do horário de visitas dos humanos) completamente isolado dos outros chimpanzés. “Um animal que está muito focado nas pessoas é menos respeitado por seus pares. Queremos que Chita seja um chimpanzé o máximo possível”, explicou.
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Chita, que foi criado desde de filhote como animal de estimação, foi doado para a instalação de animais selvagens quando tinha por volta de 30 anos. Ele já está há oito anos no recinto, onde já chegou a ser ferido gravemente em uma luta com outros chimpanzés machos.
Mulher lamenta que amor tenha sido proibido e se diz injustiçada
O fato de ter sido criado longe de qualquer ser de sua espécie pode explicar a resistência que Chita tem a outros chimpanzés. De qualquer forma, especialistas afirmam que o exagero do contato entre ele e Adie influencia ainda mais em seu comportamento agressivo com os demais, que acabam por isolá-lo.
No entanto, a mulher se diz vítima de uma restrição injusta, já que, segundo ela alega, Chita ainda recebe visitas e interage com outros seres humanos.
“Eu amo aquele animal e ele me ama. Não tenho mais nada. Por que eles querem mudar isso?”, lamenta.
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