Amazon vai à FCC para proibir a segunda geração de satélites Starlink, da SpaceX

Grupo afirma que proposta da SpaceX é aberta e especulativa demais, ferindo regras do órgão, enquanto cria seu próprio projeto de satélites
Por Rafael Arbulu, editado por Rafael Rigues 27/08/2021 13h24, atualizada em 30/08/2021 10h31
Satélite da Starlink
(Imagem: AleksandrMorrisovich/Shutterstock)
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O Grupo Amazon pediu à Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos (FCC) que vetasse o lançamento da segunda geração de satélites Starlink, a plataforma de internet da SpaceX, empresa fundada por Elon Musk.

O grupo que, até julho, era liderado pelo bilionário Jeff Bezos, argumentou que a proposta submetida à FCC pela SpaceX é “aberta e especulativa demais”, ferindo as normas técnicas exigidas pelo órgão.

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Imagem mostra um satélite da SpaceX. Amazon quer veto da FCC para a configuração de segunda geração da Starlink
Os satélites da Starlink se alinham para oferecer acesso à internet para cerca de 100 mil pessoas nos EUA: segunda geração, porém, tem configuração a concorrente Amazon acha problemática. Imagem: AleksandrMorrisovic/Shutterstock

“A emenda da SpaceX propõe duas configurações diferentes para os quase 30 mil satélites de seu sistema de segunda geração, cada uma posicionando tais satélites ao longo de parâmetros orbitais bem diferentes”, diz trecho da carta enviada pela Amazon à FCC. “A abordagem incomum da SpaceX e seu sistema Starlink, de submeter duas configurações mutuamente excludentes vai de encontro com as normas da Comissão e política pública, então nós urgimos à Comissão que dispense a emenda”.

A Amazon refere-se a um documento enviado antes à FCC pela SpaceX, onde a empresa pede que seja incluída no pedido original uma configuração de alinhamento dos cerca de 30 mil satélites de segunda geração da Starlink. A empresa já disse no passado que, no ato da entrega dos satélites, ela não atuará com a segunda configuração, mas a Amazon insiste na questão da suposta falta de segurança, apoiada em sua mera existência.

Vale lembrar que o Grupo Amazon atua na mesma indústria de internet via satélite, com o seu “Projeto Kuiper”, ainda em fase de desenvolvimento. À PC Magazine americana, a Amazon disse que não se opõe ao lançamento da nova geração da Starlink, ressaltando que quer que a FCC dispense a emenda e force a SpaceX a reaplicar seu pedido original.

“As regras da Comissão exigem que a SpaceX ajuste esses detalhes antes de enviar seu pedido original – não depois”, disse a companhia. “Outras empresas que prospectam esse setor com certeza verão o benefício de maximizar suas opções ao descrever múltiplas configurações [de satélite] em suas aplicações de licenciamento. A Comissão deve se proteger contra esse resultado por meio da insistência de que a SpaceX se adeque ao sistema já posicionado”.

Em outras palavras: a Amazon crê que, se a FCC abrir exceção à SpaceX, outras empresas também poderão explorar a mesma opção, levando ao descontrole da comissão.

A SpaceX não respondeu à ação da Amazon. No passado, porém, a empresa explicou que a segunda configuração de alinhamento de satélites só existe como um reforço, uma vez que a configuração principal depende da nave orbital Starship entregar os satélites ao espaço – a Starship, no entanto, ainda não tem sinal verde e sua tecnologia ainda está em fase de protótipos. A segunda configuração pedida pela SpaceX, no entanto, usa os foguetes Falcon 9, assim como ela já faz com a Starlink atual.

A FCC não comentou o caso.

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Jornalista formado pela Universidade Paulista, Rafael é especializado em tecnologia, cultura pop, além de cobrir a editoria de Ciências e Espaço no Olhar Digital. Em experiências passadas, começou como repórter e editor de games em diversas publicações do meio, e também já cobriu agenda de cidades, cotidiano e esportes.

Redator(a)

Rafael Rigues é redator(a) no Olhar Digital