Elon Musk disparou novas críticas ao colega multibilionário Jeff Bezos por entrar com diferentes processos judiciais contra a SpaceX. A “novela” começou quando a Blue Origin, a companhia aeroespacial de Bezos, decidiu processar a Nasa por perder um contrato do governo americano para enviar astronautas à Lua.
Adivinha quem ganhou o contrato? A SpaceX. No entanto, a estratégia de Bezos acabou atrasando os planos de Musk de dar início a sua nova empreitada espacial.
Esta semana, foi o departamento jurídico da Amazon que pediu à Federal Communications Commission (FCC) para rejeitar os planos da SpaceX de lançar novos satélites para alimentar o seu serviço de internet, a Starlink.
Sobre a polêmica, Musk tuitou o seguinte nesta sexta-feira (27): “Acontece que Bezos se aposentou para buscar um emprego em tempo integral entrando com ações judiciais contra a SpaceX …”.
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Amazon versus Starlink
A reclamação formal da Amazon não é exatamente um processo, mas sim uma carta de protesto. Tecnicamente, a Amazon não quer impedir que a SpaceX lance mais satélites, ela só pensa que a empresa deveria ser mais clara em seus planos.
Atualmente, a Starlink é alimentada por cerca de 1.740 satélites que atendem a uma base de mais de 90 mil clientes. Agora, a SpaceX se prepara para lançar mais 30 mil satélites de segunda geração para melhorar o serviço.
No entanto, para isso, a empresa deve informar à FCC onde pretende alocar esses satélites ao redor da Terra.
A grande questão é: a SpaceX está pedindo duas configurações orbitais diferentes à FCC.
“A abordagem da SpaceX de se candidatar a duas configurações exclusivas está em desacordo com as regras e políticas públicas, nós pedimos à Comissão para rejeitar essa alteração”, descreve Mariah Dodson Shuman, consultora jurídica de uma subsidiária da Amazon.
Segundo Shuman, lidar com duas configurações possíveis “dobra o esforço técnico” enfrentado pelos concorrentes em potencial, que terão que revisar questões como “interferência e detritos orbitais” — vale ressaltar que os satélites da Starlink estão envolvidos em 1,6 mil riscos de colisão por semana.
A preferência da Amazon é que a SpaceX escolha apenas um plano. A aprovação de duas configurações, inclusive, pode abrir um mau precedente, permitindo que outros operadores de satélites criem mais dificuldades para toda a indústria no futuro: “A Comissão deve fazer cumprir as suas regras, descartar a alteração da SpaceX e convidá-la a reenviar a sua alteração após estabelecer uma única configuração para o seu sistema”, finaliza Shuman.
Via: The Verge
Créditos da imagem principal: Win McNamee/Shuttestock
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