Recentemente, o Tribunal de Contas da União (TCU) terminou a análise dos termos sobre o leilão do 5G e autorizou o processo. Depois de inúmeros atrasos, o leilão finalmente ficou previsto para ter início em outubro deste ano e deve ser o maior em termos de radiofrequência do Brasil, com perspectiva de atrair cerca de R$ 40 bilhões de reais em investimentos, segundo estimativas do governo federal.

Para além do processo, a expectativa em cima do 5G há tempos é grande – e não por menos. Luiz Tonisi, presidente da Qualcomm para América Latina, acredita que a tecnologia poderá ajudar (e muito) no dia a dia das pessoas, dando maior estabilidade às conexões.

Além disso, ela também poderá auxiliar empresas no desenvolvimento de trabalhos, especialmente para a indústria. “O 5G não é só a plataforma dos homens, mas também das máquinas”, disse ele, em entrevista ao Olhar Digital News na última sexta-feira (3). “Ele irá trazer competitividade e produtividade para as empresas”, completa.

Dentre os exemplos de caso de uso da tecnologia na indústria, Tonisi citou o agronegócio. “Imagine esse setor, que representa 25% do PIB do Brasil, fazendo uso do 5G para controlar drones, reconhecimento de sementes e máquinas conectadas gastando menos combustível.”

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A Qualcomm, vale dizer, é um dos principais nomes da atualidade quando se fala em desenvolvimento de chips para celular, sendo uma das pioneiras no desenvolvimento de chipsets com suporte ao 5G, com a família Snapdragon 7 – os primeiros da Qualcomm com modem 5G de fábrica.

Dentro outros esforços que a empresa desenvolveu nos últimos tempos em prol do 5G é a parceria com a Intelbras, anunciada em agosto deste ano.

A expectativa é que, do trabalho em conjunto com a fabricante catarinense, resulte uma linha de produtos criados com exclusividade para a América Latina e que engloba ofertas pensadas para o mercado de operadoras de telecomunicações, provedores de acesso e conteúdo, além do próprio consumidor final.

“Temos trabalhado muito forte aqui na Qualcomm a questão dos dispositivos. Afinal, não adianta ter uma estrada de dez vias se não há carros passando [por ela]. Os dispositivos são esses ‘carros'”, diz ele, fazendo uma analogia para explicar que o contexto do 5G não é apenas feito de infraestrutura, mas também necessita de equipamentos pensados para ela.

Tonisi também falou sobre as possibilidades e benefícios que o 5G pode trazer ao Brasil, bem como os passos que a empresa está tomando para contribuir com a tecnologia em solo nacional.

A entrevista na íntegra, feita durante o nosso boletim digital diário, você vê no vídeo abaixo:

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