Cerca de 73% das pessoas acreditam que o clima do planeta está se aproximando de “pontos de inflexão” abruptos e irreversíveis devido à atividade humana, de acordo com uma pesquisa de opinião global. O estudo foi conduzido antes da publicação de um relatório sobre ciência do clima da ONU, o qual mostrou que mais da metade (58%) dos entrevistados nas nações do G20 se sentem muito ou extremamente preocupados com o estado da Terra.

Isso porque os cientistas estão cada vez mais preocupados que alguns ciclos de feedback na natureza – como o derretimento das geleiras – podem estar perto de ser acionados, já que as emissões de carbono não mostram sinais de desaceleração, apesar de uma pandemia.

O relatório do IPCC alertou que a Terra está em curso para ser 1,5ºC mais quente do que os tempos pré-industriais por volta de 2030, ou seja, uma década inteira antes do que era projetado apenas três anos atrás. A pesquisa conduzida pela Global Commons Alliance e Ipsos MORI, descobriu que quatro em cada cinco entrevistados queriam fazer mais para proteger o planeta.

“O mundo não anda sonâmbulo em direção à catástrofe. As pessoas sabem que estamos correndo riscos colossais, querem fazer mais e querem que seus governos façam mais”, contou Owen Gaffney, autor de um relatório baseado nas conclusões da pesquisa.

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A pesquisa revelou que as pessoas nas nações em desenvolvimento estavam mais dispostas a proteger a natureza e o clima do que as dos países mais ricos. Com isso, 95% dos entrevistados na Indonésia e 94% na África do Sul disseram que fariam mais pelo planeta, em comparação com apenas 70% e 74% na Alemanha e nos Estados Unidos, respectivamente.

Embora 59% das pessoas pesquisadas tenham dito acreditar na necessidade de uma transição rápida para longe dos combustíveis fósseis, enquanto apenas 8% reconheceram a necessidade de mudanças econômicas em grande escala nesta década. Inclusive, Gaffney explicou que a pesquisa mostrou que “as pessoas realmente querem fazer algo para proteger a natureza, mas relatam que não têm informações e enfrentam restrições financeiras para o que podem fazer”.

Fonte: Phys

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