Modelos espaciais dispostos em livros mostram que os planetas do nosso sistema solar seguem padrões de órbitas iguais: eles têm seus próprios destinos, mas seus movimentos ao redor do Sol são regulares e precisos. Um novo estudo explica o motivo disso ocorrer, e encontra a melhor analogia para nos fazer entender. Spoiler: tem a ver com pizza.

“Imagine um pizzaiolo jogando para cima um pedaço da massa da pizza”, disse Nader Haghighipour, um astrônomo da Universidade do Havaí. “Conforme a massa gira, ela vai se expandindo, mas ao mesmo tempo, vai ficando mais e mais fina e achatada. Foi isso que aconteceu com o nosso sistema solar”.

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Modelo do sistema solar mostra as órbitas relativamente iguais dos planetas em relação ao Sol
Apesar de apresentarem movimentos distintos, os planetas do sistema solar seguem órbitas mais ou menos iguais, influenciadas pela posição centralizada do Sol (Imagem: Withan Tor/Shutterstock)

Gastronomia italiana à parte, a comparação faz sentido: há cerca de 4,5 bilhões de anos, no início, o sistema solar era uma imensa nuvem de poeira cósmica e gás, girando na imensidão do espaço. Medindo cerca de 12 mil unidades astronômicas (ou “AU”, a distância média entre o Sol e a Terra, ou 150 milhões de km), seu giro fez com que ela fosse crescendo a ponto de se tornar tão grande que a sua própria massa entrou em colapso.

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Conforme esse colapso avançava, a nuvem começou a se achatar. Enquanto isso, em seu centro, moléculas de gás como hidrogênio e hélio eram pressionadas umas com as outras a uma intensidade imensa fazendo com que elas esquentassem. Nessa pressão e temperatura, os dois gases se fundiram, iniciando uma reação de bilhões de anos de duração que eventualmente formaria uma nova estrela – o nosso Sol.

O Sol foi crescendo, ejetando ondas de radiação e calor e limpando o espaço ao redor das poeiras cósmicas da nuvem antiga e achatando ainda mais o ambiente. Eventualmente, foi formado o chamado “disco protoplanetário” que se movia na órbita da estrela, se estendendo por centenas de AU em todas as direções.

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O resto da história você provavelmente já conhece: partículas da nuvem se juntaram, formando grãos milimétricos. Esses grãos foram crescendo por bilhões de anos, até que se tornaram imensos corpos celestes, dotados de gravidade própria, poderosa o suficiente para iniciar um processo de terraformação, eventualmente virando o que hoje nós conhecemos como “planetas”. Apesar de eles terem os mais variados tamanhos entre si, todos eles ficaram mais ou menos presos à mesma influência do Sol.

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