Que Marte é repleto de mistérios que intrigam cientistas, todo mundo já sabe. Mas, um novo experimento promete revolucionar o que já se conhece sobre os recursos do Planeta Vermelho. Cientistas desenvolveram um reator que pretende transformar o ar marciano em combustível para foguetes. 

Foguetes poderiam abastecer em solo marciano, segundo pesquisa da Universidade de Cincinnati. Imagem: PRILL – Shutterstock

Segundo os pesquisadores, a técnica seria tão eficiente a ponto de manter uma espaçonave em Marte sem a necessidade de combustível extra – o que é uma excelente notícia para viagens espaciais interplanetárias. Em tese, seria como uma espécie de posto de combustíveis em pleno solo marciano

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Entenda como o experimento seria colocado em prática em Marte

A ideia é utilizar um reator com catalisadores químicos que poderão converter dióxido de carbono (CO2) com eficiência em metano e etileno, transformando o gás de efeito estufa em um bloco de construção útil para combustíveis. 

De acordo com a pesquisa, que foi publicada na revista científica Nature Communications, o experimento poderá armazenar tanto combustíveis quanto plásticos. 

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Como destaca o site The Byte, a reação do metano é a mesma técnica utilizada na Estação Espacial Internacional (ISS) para converter ar irrespirável em combustível. Mas, o projeto conduzido pelo engenheiro químico Jingjie Wu, da Universidade de Cincinnati, nos EUA, é ainda mais audacioso, já que ele pretende converter o gás rico em CO2 da atmosfera de Marte em combustível de foguete. 

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Espaçonaves voariam a Marte carregando bem menos peso  

Caso o projeto de Wu se concretize, a meta é contribuir com as viagens espaciais rumo a Marte. Assim, tripulações poderiam estender o trajeto para locais jamais imaginados pelos seres humanos até então. 

Ao transportar menos combustível na ida até o Planeta Vermelho, seria possível diminuir consideravelmente o peso da espaçonave, o que tornaria os voos espaciais interplanetários mais baratos e eficientes. 

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O sistema criado por Wu também pode ser utilizado na Terra, com a função de remover CO2 da atmosfera, reduzindo os impactos causados pelas mudanças climáticas. A ideia também é desenvolver uma bateria química que torna a energia renovável, como a solar e eólica, mais confiável. 

“No momento, temos excesso de energia verde que simplesmente jogamos fora”, informou Wu em comunicado à imprensa. “Podemos armazenar esse excesso de energia renovável em produtos químicos”.

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