Um grupo internacional de pesquisadores acredita ter encontrado evidências de vida em Marte. É que eles observaram fotos do planeta vermelho em que é possível ver algo similar a fungos. As imagens usadas pelos cientistas foram feitas pelos rovers Curiosity e Opportunity, esse último “aposentado” em 2019.

Em artigo publicado no Advances in Microbiology, os pesquisadores destacam a hipótese de procariontes e eucariontes terem “colonizado” Marte. Logo no resumo do estudo, eles apresentam a teoria de que essas formas de vida chegaram até o planeta vermelho saindo da Terra.

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“Uma variedade de espécies continuam viáveis depois de longa exposição a ambientes de radiação intensa no espaço e podem sobreviver à ejeção da Terra após colisões de meteoros e à esterilização de naves com destino a Marte. Estudos de simulação mostraram que procariontes, fungos e líquenes sobrevivem em ambientes marcianos simulados – descobertas que sustentam a hipótese de que a vida pode ter sido repetidamente transferida da Terra para Marte”, explica o resumo.

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Os pesquisadores afirmam que os itens destacados na imagem lembram fungos basidiomicetos. Imagem: Nasa/Opportunity

Nas imagens observadas, eles acreditam ter encontrado organismos similares a ‘puffballs’, tipo de fungo redondo que se assemelha a uma bolinha com espinhos, encontrado em abundância na Terra. “Os fungos prosperam em ambientes com radiação intensa”, destaca o artigo.

Os pesquisadores acrescentam que fotos sequenciais documentam espécimes marcianos parecidos com fungos terráqueos que emergem do solo e aumentam de tamanho. E não só isso. O grupo de estudiosos observou que após serem esmagados pelas rodas dos rovers, novos “fungos” esféricos, alguns com talos, apareceram no topo dos restos antigos.

A equipe foi mais longe. Eles disseram que “espécimes semelhantes a bactérias e fungos negros também apareceram em cima dos veículos espaciais”. Já em imagens da HiRISE, câmera localizada na sonda Mars Reconnaissance Orbiter que orbita Marte, os pesquisadores acharam evidências de “espécimes amorfos dentro de uma fenda”. Esses “mudaram de forma e localização, depois desapareceram”.

Na conclusão do artigo, o time de pesquisadores afirma que já está bem estabelecido que “uma variedade de organismos terrestres sobrevivem a condições semelhantes às de Marte”. Para o grupo, a Terra está provavelmente semeando a vida no planeta vizinho e a vida é, repetidamente, transferida entre mundos.

“Seria surpreendente se não houvesse vida em Marte”, destacam. Mas os pesquisadores também colocam um pé atrás, ressaltando que as similaridades na morfologia “não são prova de vida”. “Não podemos descartar completamente minerais, intemperismo e forças geológicas desconhecidas exclusivas de Marte e estranhas à Terra.”

Via: Futurism

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