Apesar da chefe do National Transportation Safety Board, (Conselho Nacional de Segurança dos transportes) expressar sérias preocupações sobre a segurança dos carros da Tesla na semana passada, a empresa resolveu habilitar o acesso à versão beta do programa “Full Self-Driving” (FSD) para ainda mais motoristas.
O acesso é simples: se dá por meio de um botão de “solicitação” no painel do carro. No entanto, antes que o motorista tenha acesso ao software, a Tesla determina a “pontuação de segurança” dele, usando cinco critérios que estimam “a probabilidade de que a forma de dirigir possa resultar em uma colisão futura”, de acordo com o texto de uma página no site da Tesla.
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Motoristas vigiados pela IA
A pontuação é calculada usando dados coletados pelos sensores do carro, que registram todas as ações do motorista. O sistema considera ocorrências de avisos de colisão frontal a cada 1.000 milhas, frenagens bruscas, curvas agressivas, condução insegura e desligamento forçado do piloto automático.
O recurso de piloto automático dos carros da Tesla é desativado após dar três avisos visuais e sonoros, “quando seu veículo Tesla determinou que você removeu suas mãos do volante e ficou desatento”, de acordo com o guia de pontuação de segurança.
O guia não indica o que a Tesla considera uma pontuação de segurança aceitável para acessar o FSD, mas diz que a maioria dos motoristas tem uma pontuação de 80 em 100 possíveis. É bom lembrar que software FSD beta ainda não torna um Tesla totalmente autônomo; o motorista deve manter o controle do veículo o tempo todo.
A empresa já vinha oferecendo um pacote de assinatura mensal para o FSD desde julho, a um preço de US$ 199 por mês, ou US $99 mensais para proprietários de Tesla que compraram o pacote Enhanced Autopilot, que foi descontinuado. Antes disso, o pacote de direção autônoma era vendido por uma taxa única de US$ 10.000. Os proprietários da Tesla podem cancelar a assinatura mensal do FSD a qualquer momento, de acordo com os termos do site da Tesla.
Jennifer Homendy, presidente do NTSB, disse na semana passada que a Tesla deveria abordar “questões básicas de segurança” antes de expandir o FSD, chamando o uso do termo “condução totalmente autônoma” pela empresa de “enganoso e irresponsável”. Homendy disse que a Tesla “claramente induziu várias pessoas ao erro no uso indevido e abuso de tecnologia”. O órgão pode conduzir investigações e fazer recomendações, mas não tem autoridade de fiscalização.
Com informações de: The Verge
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