Frances Haugen, ex-gerente de produto do Facebook, revelou em entrevista ao programa 60 Minutes, da CBS News, que foi a responsável pelo vazamento dos documentos internos da empresa usados pelo Wall Street Journal. A leaker afirmou que o Facebook permite a desinformação em alguns países como uma forma de economizar dinheiro.

Haugen deixou o Facebook em abril, após o Facebook ter dissolvido sua equipe em dezembro de 2020. Ela ainda trabalhou em outras empresas do ramo como o Google. No entanto, a ex-funcionária classifica a rede social como “substancialmente pior” do que outras plataformas do gênero.

Desinformação no Facebook

A ex-funcionária também fez sérias acusações de que o Facebook não se esforça para combater fake news em alguns países para cortar gastos. Segundo ela “em cada novo idioma custa mais dinheiro, mas há cada vez menos clientes”. Com isso, a plataforma coloca menos moderadores e sistemas de inteligência artificial em alguns locais.

“Em outras partes do mundo, essa desinformação está levando diretamente à morte de pessoas”, disse o ex-gerente do Facebook. “O que eu quero que todos saibam é que o Facebook é muito, muito mais perigoso do que qualquer um sabe”, completou.

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Em resposta ao programa, o Facebook disse que continua fazendo “melhorias significativas para combater a disseminação de desinformação e conteúdo prejudicial. Sugerir que encorajemos conteúdo ruim e não façamos nada simplesmente não é verdade”.

Os documentos vazados pelo Wall Street Journal revelam que o Facebook considera o Instagram uma plataforma tóxica para adolescentes. As reportagens ainda mostram que grupos de traficantes de drogas e pessoas usam métodos para burlar o algoritmo da rede social.

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