A Pfizer e BioNTech anunciaram nesta quinta-feira (7) que enviaram oficialmente ao Food and Drug Administration (FDA, órgão americano equivalente à Anvisa) um pedido de uso emergencial de sua vacina contra a Covid-19 para crianças de 5 a 11 anos. Recentemente, as empresas enviaram dados à reguladora para ajudar na decisão.
De acordo com informações do New York Times, a medida, se autorizada, pode ajudar proteger 28 milhões de pessoas nos EUA. Pais em todo o país americano também aguardam a decisão ansiosamente, já que ela pode afetar a vida familiar e o funcionamento das escolas.
A agência prometeu agir rapidamente com o pedido e agendou uma reunião sobre o assunto para 26 de outubro. A previsão é que até o fim de novembro a organização já tenha uma decisão.
“Com os novos casos em crianças nos EUA continuando em alto nível, esta apresentação é um passo importante em nosso esforço contínuo contra a Covid-19”, disse a Pfizer em comunicado no Twitter.
Contudo, a autorização não depende apenas dos dados clínicos, mas da comprovação de que existe uma formulação pediátrica aceitável pelo organismo das crianças.

Segundo a comissária interina da FDA, Dra. Janet Woodcock, as crianças podem exigir “uma dosagem ou formulação diferente daquela usada em uma população pediátrica mais velha ou adultos”.
De acordo com a proposta da Pfizer, o intuito é dar aos menores um terço da dosagem de adulto. Isso pode exigir a adição de mais diluente a cada injeção ou o uso de um frasco ou seringa diferente. Esperava-se que a empresa descrevesse o método que pretendia usar em sua apresentação à FDA, mas, sem a informação, o tema agora será discutido pela reguladora.
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Aumento de casos de Covid-19 entre as crianças
Em agosto, os EUA experimentaram um aumento considerável nos casos de Covid-19 entre as crianças do país. O avanço aconteceu devido a chegada da variante Delta, que levou ao menos 30 mil crianças aos hospitais.
Segundo a Academia Americana de Pediatria, quase 5,9 milhões de americanos com menos de 18 anos foram infectados com o coronavírus. Dos cerca de 500 americanos menores de 18 anos que morreram, cerca de 125 eram crianças de 5 a 11 anos.
“Realmente me incomoda quando as pessoas dizem que crianças não morrem de Covid”, lamentou a Dra. Grace Lee, diretora médica associada da Stanford Children’s Health, que também lidera um comitê consultivo importante para o CDC. “Eles morrem de Covid. É de partir o coração.”
Por ora, a FDA autorizou o uso emergencial da vacina da Pfizer apenas para crianças de 12 a 15 anos.
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