Um submarino nuclear americano da classe Seawolf sofreu um raro acidente em águas internacionais, na região do Mar da China Meridional. Segundo a Marinha dos Estados Unidos, na tarde do dia 02 de outubro (sábado), o USS Connecticut (SSN-22) colidiu enquanto estava submerso, com algo ainda não identificado.
As informações dão conta de que onze tripulantes sofreram ferimentos moderados a leves. Em um comunicado, os militares afirmam que o submarino permanece em condição segura e estável. A planta de propulsão nuclear do USS Connecticut e seus espaços não foram afetados, permanecendo totalmente operacionais.
A extensão dos danos está sendo analisada e o incidente será investigado. Não há feridos com risco de morte e a segurança da tripulação continua sendo a principal prioridade da Marinha americana, conforme disse o capitão Bill Clinton ao USNI News. O USS Connecticut está agora a caminho da base dos EUA em Guam, um território insular americano na Micronésia, na região oeste do Oceano Pacífico.
Os EUA têm cerca de 70 submarinos de quatro tipos diferentes em operação no momento, quase metade deles da classe Los Angeles. O menor número, apenas três, pertence à classe Seawolf, sendo o USS Connecticut um deles.
Este submarino de ataque rápido é movido por um reator nuclear e foi introduzido ao final da Guerra Fria, projetado para caçar os mais complexos submarinos soviéticos em águas azuis profundas. Junto com o USS Sea Wolf (SSN-21) e o USS Jimmy Carter (SSN-23), o SSN-22 está entre as naves de ataque mais capazes e sensíveis da Marinha dos EUA.
O USS Connecticut está baseado na Base Naval de Kitsap em Bremerton, Washington, e possui 107,5 metros de comprimento, sendo tripulado por mais de 100 marinheiros. Ele está implantado em águas internacionais na região do Indo-Pacífico (Mar da China Meridional), onde a Marinha americana vem tentando desafiar as reivindicações territoriais da China sobre pequenas ilhas e recifes.
O acidente com o submarino nuclear acontece em meio a tensões entre os EUA e a China, que aumentaram com as incursões dos militares chineses na Zona de Identificação de Defesa Aérea (ADIZ) de Taiwan. Na quarta-feira (06/10), o ministro da Defesa de Taiwan, Chiu Kuo-cheng, disse que a China poderia estar pronta para lançar uma invasão ao país “em grande escala” até 2025.
Na quinta-feira (07/10), a Agência Central de Inteligência (CIA) anunciou a criação de um novo centro de missão para a China. A ação ocorre após uma revisão de meses em que a agência considerou a China como a maior ameaça de longo prazo para os Estados Unidos.
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Esta post foi modificado pela última vez em 8 de outubro de 2021 14:44