Por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o canal do YouTube do bolsonarista Allan dos Santos, o Terça Livre, e seu perfil pessoal no Instagram foram retirados do ar. Na última sexta-feira sua conta no Twitter também foi suspensa.
Segundo informações da Folha de S. Paulo, a ação ocorreu devido ao inquérito que apura a atuação de milícias digitais, o qual Santos é alvo, sendo investigado por esquema de divulgação de informações falsas, ataques a autoridades – como os ministros do STF – e organização de atos antidemocráticos.
Além desse, também há um segundo inquérito em que o bolsonarista é alvo, o qual investiga um grupo que usa redes sociais para organizar atos antidemocráticos como protestos que pedem o fechamento do Congresso Nacional ou intervenção militar.
Ainda de acordo com o jornal, o YouTube preferiu não comentar a suspensão, justificando que o processo corre em segredo de Justiça.
Investigação descobre informantes
Há alguns meses Allan dos Santos é alvo de operações deflagradas da Polícia Federal relativas às investigações. Após vir à tona a informação de que uma ex-estagiária do ministro do STF Ricardo Lewandowski, Tatiana Garcia Bressan, teria sido informante do influencer, Moraes pediu uma oitiva – processo para ouvir as testemunhas.
Um relatório da PF mostrou que havia conversas entre Santos e a estagiária antes da abertura dos inquéritos. Bressan foi ouvida na última quinta-feira (7) e, de acordo com informações da CNN, negou ter tido acesso a qualquer informação de dentro do gabinete de Lewandowski e explicou que o contato com Santos foi para ajuda-la a conseguir um emprego com a deputada Bia Kicis.
No entanto, a ex-funcionária admitiu ter um perfil fake nas redes sociais para atacar outros ministros e pediu desculpas aos magistrados.
Além dela, ainda de acordo com a CNN, o blogueiro tinha o Coronel Mauro Cesar Barbosa Cid como um dos seus principais contatos no Palácio do Planalto, a quem sugeria demissões e articulações. Cid é considerado dentro do Planalto como um dos principais auxiliares do presidente Jair Bolsonaro.
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Não é a primeira vez
Essa não é a primeira vez que o YouTube se vê obrigado a retirar do ar o canal Terça Livre e associados. Em fevereiro deste ano, dois canais pertencentes ao portal foram suspensos. Na época, a plataforma online de vídeos declarou, em nota, que os dois perfis violaram os termos de uso do site.
Crédito imagem principal: Reprodução/canal Terça Livre
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