Um estudo da Kaspersky levantou que sete em cada dez brasileiros usam as redes sociais como fonte de informação. De acordo com a empresa de cibersegurança, as mulheres (72%) têm uma preferência maior por se informar nessas plataformas em comparação com os homens (70%).

O levantamento foi realizado em parceria com a empresa de pesquisa Corpa com usuários de internet com idades entre 20 e 65 anos. As conclusões foram publicadas no estudo “Infodemia e os impactos na vida digital”, que alerta sobre potenciais riscos da obtenção de informações nas redes sociais.

Uso das redes para cuidados com a saúde

A pesquisa mostrou que as redes sociais foram uma fonte de informação ainda mais usada quando se trata de questões que envolvem a saúde. 83% dos brasileiros afirmaram ter cuidado da saúde com base em informações obtidas através dessas plataformas durante a pandemia da Covid-19.

De acordo com o analista sênior de segurança da Kaspersky, Fabio Assolini, esse comportamento tem o potencial de atrair a atenção de fraudadores. “Quanto mais gente conectada em um serviço ou plataforma, mais atrativa ela será para os cibercriminosos”, disse Assolini.

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Oportunidade para golpes

celular com imagem de pirataria na tela
Cenário gerou oportunidade para golpes na internet. Imagem: Marcos Silva/iStock

Segundo o especialista, o principal tipo de ataque observado nesse período foram as tentativas de phishing. Isso se deu porque em um determinado momento, quando as regras de isolamento foram apertadas, os serviços online se tornaram a opção mais usada para a contratação de serviços.

Entre 2020 e 2021, estima-se que cerca de 15% dos internautas brasileiros receberam algum tipo de mensagem fraudulenta por meio das redes sociais. O golpe mais frequente foi a tentativa de roubo de contas no WhatsApp para pedidos de empréstimos monetários para contatos.

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Assolini também defende que a sobrecarga mental advinda dos 17 meses de isolamento social pode ser um fator que aumente a vulnerabilidade de usuários de redes sociais a golpes.

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