Um levantamento feito pela Fundação Oswaldo Cruz e divulgado na última quinta-feira (14) apontou que o país tem registrado alto número de casos de crianças com síndrome respiratória aguda grave (SARS). De acordo com informações da Agência Brasil, as notificações estão acima do verificado no pico de 2020 e tem atingido crianças de 0 a 9 anos.

O período estudado foi de 3 de setembro a 9 de outubro. Ainda segundo a Fundação, em 2021, os casos semanais chegam a ocupar um patamar ligeiramente superior ao de casos positivos para Covid-19.

Entre a faixa etária de 10 a 19 anos, foi observada diminuição da síndrome, mas ainda com predomínio marcante do coronavírus entre os infectados, e presença relativamente pequena de casos positivos para rinovírus.

Entre os adultos com mais de 20 anos, a Covid-19 ainda é predominante entre os registros de síndrome respiratória aguda grave, já que, sendo da mesma família, a doença também causa a SARS.

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médica avaliando criança com alergia
Aumenta casos de crianças com SARS, aponta levantamento da Fiocruz. Imagem: shutterstock

Diferença entre SARS, Covid-19 e coronavírus

De acordo com o Instituto Butantan, SARS, Covid-19 e coronavírus são três coisas diferentes, apesar de serem da mesma família.

Coronavírus: é o “nome dado a uma extensa família de vírus que se assemelham. Muitos deles já nos infectaram diversas vezes ao longo da história. Dentro dessa família há vários tipos de coronavírus, inclusive os chamados SARS-CoVs (a síndrome respiratória aguda grave, conhecida pela sigla SARS, que há alguns anos começou na China e se espalhou para países da Ásia).”

SARS-CoV-2: vírus da família dos coronavírus que, ao infectar humanos, causa uma doença chamada Covid-19. Por ser um microrganismo que até pouco tempo não era transmitido entre humanos, ele ficou conhecido, no início da pandemia, como “novo coronavírus”.

Covid-19: doença que se manifesta em nós, seres humanos, após a infecção causada pelo vírus SARS-CoV-2.

Ainda de acordo com a Fiocruz, o cenário brasileiro é considerado estável, mesmo com o indicativo de crescimento leve nas últimas seis semanas dos casos de SARS. No entanto, foi observado um sinal de crescimento na tendência de longo prazo nos estados, embora muitos estejam dentro da normalidade da oscilação de um patamar estável.

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Dentre esses, o Espírito Santo é uma exceção, já que mantém crescimento de casos em idosos de 70 anos ou mais desde agosto. Algo parecido com o que aconteceu no Rio de Janeiro, onde a mesma trajetória levou a um aumento de casos em idosos entre junho e agosto de 2021.

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