“Fóssil vivo”: pescador captura animal de espécie de 100 milhões de anos em local inusitado

Por Jeniffer Cardoso, editado por André Lucena 17/10/2021 15h15, atualizada em 20/10/2021 13h08
"Fóssil vivo": pescador captura animal de espécie de 100 milhões de anos em local inusitado. Imagem: Departamento de Vida Selvagem e Parques do Kansas
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Um pescador de Kansas, nos Estados Unidos, provavelmente não tem ideia da sorte que teve ao capturar um peixe crocodilo que pode ser considerado um “fóssil vivo”, membro de uma espécie que existe há 100 milhões de anos.

De acordo com o Departamento de Vida Selvagem e Parques do Kansas (KDWP), ninguém sabe explicar como o animal chegou ao rio Neosho, já que não é nativo da região.

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Danny Lee Smith foi quem pescou o peixe crocodilo de 1,37 m de comprimento e quase 18 kg, em 20 de setembro. “Quando ele saiu da água pela primeira vez, fiquei chocado, fiquei atordoado. Já vi vários peixes saltando, mas nada parecido com o que ele fez”, disse Lee Smith à CNN.

Os especialistas ainda não entendem como o “fóssil vivo” chegou ao rio, mas tem algumas teorias para determinar de onde ele veio.

Peixe crocodilo capturado tinha 1,37 m de comprimento e pesava quase 18 kg. Imagem: Departamento de Vida Selvagem e Parques do Kansas

Onde o “fóssil vivo” já foi visto?

O peixe crocodilo pode medir até pouco mais de 3 m e pesar até quase 160 kg. Ele tem o focinho comprido característico dos crocodilos é visto com frequência em todo o rio Mississippi, segundo o Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos EUA. Eles são tradicionalmente vistos em Ohio, Texas, partes do Missouri e Illinois até o Golfo do México, mas nunca no Kansas.

Jeff Koch, vice-diretor de pesquisa pesqueira do Departamento de Vida Selvagem e Parques do Kansas, explicou que um estudo das nadadeiras ou até mesmo a identificação genética poderá ajudar na investigação sobre a origem do animal encontrado. “Isso nos dirá se o peixe vem de uma população existente em outro estado”, disse.

“Fóssil vivo”: microquímica pode determinar a origem

Se a opção acima mencionada não fornecer uma resposta, Koch disse que os especialistas poderiam usar a microquímica, que envolve medir a proporção de elementos em um osso de um peixe e compará-la com os elementos da água onde ele foi encontrado.

“Essas técnicas devem nos permitir determinar como os peixes entraram no rio”, explicou Doug Nygren, diretor da Divisão de Pesca do KDWP. Nygren ainda brincou ao dizer que “provavelmente não é o animal de estimação de alguém que foi perdido ou solto na natureza depois que ficou grande demais”.

A agência estadual ainda observa que trazer espécies não nativas para a área é ilegal e pode criar o risco de propagação de doenças.

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Jeniffer Cardoso
Redator(a)

Jeniffer Cardoso é formada em jornalismo pela Universidade Metodista de SP e trabalha na área desde 2004. Chegou ao Olhar Digital em 2021, para atuar na distribuição de conteúdo nas redes sociais.

André Lucena
Ex-editor(a)

Pai de três filhos, André Lucena é o Editor-Chefe do Olhar Digital. Formado em Jornalismo e Pós-Graduado em Jornalismo Esportivo e Negócios do Esporte, ele adora jogar futebol nas horas vagas.