No início do mês, o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD) apresentou o Complexo Laboratorial de Conectividade para testes de tecnologias 5G, Open RAN e cibersegurança. O espaço, que fica localizando em Campinas (SP), servirá, inclusive, para certificações emitidas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
A instalação está em operação desde julho e já testou cinco equipamentos 5G para certificação da Anatel. Com 12 laboratórios disponíveis, o local teve um investimento de R$ 6 milhões do CPQD, que reaproveitou espaços de pesquisas construídos em conjunto com outros ministérios.
Segundo Frederico Sigrist Nava, diretor de Soluções Tecnológicas e Consultoria do CPQD, o local foi desenvolvido para abrigar áreas de trabalho “mais modernas, descontraídas, que facilitam a colaboração”.

O local está habilitado para a realização de testes de desempenho de radiofrequência, para verificar se os equipamentos estão dentro de padrões nacionais e internacionais, além de analises em termos de compatibilidade eletroeletrônica de dispositivos, e controle de qualidade e vulnerabilidade para detectar falhas em hardware ou software.
O laboratório também realiza análises de taxa de absorção específica para o corpo humano (do inglês Specific Absorption Rate, ou apenas SAR), que tem por objetivo verificar a taxa a de energia eletromagnética emitida por aparelhos de comunicação sem fio (como celulares e tablets) a fim deentender a maneira como o tecido biológico do corpo humano absorve essa energia.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estabelece um limite recomendado de SAR, o qual é considerado não prejudiciais à saúde. Esse limite é adotados pela Anatel como referência base para certificar equipamentos de telecomunicações durante o processo de homologação realizado pela instituição.
Testes solicitados por operadoras também são realizados no complexo do CPQD.
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Planos de expansão
O CPQD também pretende expandir sua capacitação para abranger tecnologias de suporte para ondas milimétricas – isso depois que a Anatel já tiver estruturado os requisitos para a homologação dos equipamentos RF2 (faixa de frequência acima de 24.250 GHz) e o mercado tiver sua adoção bem definida.
No caso do Open RAN, a estruturação do laboratório ainda está em fase de capacitação, mas algumas demonstrações de integração já foram realizadas com fornecedores e, segundo Nava, “isso vai nos permitir testar soluções e componentes de toda o Open RAN, assim como a parte de Open Core, que vai avaliar a rede de fim a fim”.
Crédito imagem principal: jamesteohart/Shutterstock
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