A IBM é a mais nova empresa a reivindicar a supremacia quântica com seu mais novo processador de 127 qubits. Em outras palavras, o novo computador da empresa é capaz de resolver problemas matemáticos que o atual supercomputador mais avançado do mundo não consegue solucionar.
O processador “Eagle”, foi apresentado durante o IBM Quantum Summit 2021. Com 127 qubits, ou bits quânticos, o novo processador da IBM coloca a computação quântica em outro patamar, mais do que dobrando a capacidade de processamento no comparativo com os computadores quânticos atuais.
Para efeito de comparação, os supercomputadores já apresentados até hoje contam com no máximo 60 qubits. Com isso, a IBM coloca a supremacia quântica em um patamar que será difícil para suas concorrentes nesse setor, como o Google e a China, alcançarem.
O que é um computador quântico?
![Imagem mostra um computador quântico, visto por dentro](https://img.odcdn.com.br/wp-content/uploads/2021/06/shutterstock_1571871052-1024x576.jpg)
Os supercomputadores quânticos ainda não são usados em larga escala, porém, são encarados como o futuro da computação. O potencial dessas máquinas pode levar a uma verdadeira revolução na nossa sociedade, maior que a dos computadores “clássicos” usados atualmente.
Ao explorar a capacidade dos qubits, os supercomputadores quânticos podem ser capazes de realizar tarefas que são improváveis ou impossíveis para um computador comum. O supercomputador que detém a supremacia quântica atualmente, foi capaz de coisas incríveis.
Mais poderoso que tudo
Conhecido como Zuchongzhi, a máquina chinesa, que foi apresentada em julho deste ano, foi capaz de resolver em apenas 70 minutos tarefas que ocupariam supercomputadores “clássicos” por oito anos. E isso com “apenas” 56 qubits, menos da metade do que tem o Eagle, da IBM.
O novo supercomputador da IBM é tão poderoso que, segundo o CEO da empresa, Arvind Krishna, atualmente, é impossível simular a capacidade do Eagle. Isso significa que ele é mais poderoso do que qualquer outra coisa já projetada.
O que daria para fazer?
Entre as tarefas que se tornariam possíveis com o uso de um processador como o Eagle em larga escala, estão a quebra de algoritmos de criptografia, que levariam milhões de anos para serem decifrados em um supercomputador clássico, em questão de segundos.
Além disso, também seria possível simular a interação de moléculas no desenvolvimento de substâncias químicas e medicamentos. Isso poderia acelerar o processo de criação de novas drogas para doenças existentes e que venham a existir no futuro.
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Apesar de bastante impressionante, o Eagle pode ser só o começo do que a IBM pretende para a computação quântica. A empresa espera apresentar um processador de 433 qubits já em 2022 e quebrar a barreira dos 1.000 qubits em 2023.
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