A brasileira JBS, uma das maiores empresas do setor alimentício do mundo, anunciou nesta quarta-feira (17) a aquisição da Biotech Foods. Segundo as informações divulgadas pelo Bloomberg, o negócio envolve a construção de uma nova fábrica na Espanha para escalar a produção e um investimento de US$ 41 milhões, cerca de R$ 228 milhões.

A compra é marcante para a trajetória da JBS, que opera majoritariamente no processamento de carnes, marcando a sua entrada também no nicho de proteínas cultivadas.

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Cientista segurando uma placa com carne moída cultivada
Nova aquisição marca a entrada da JBS no setor de proteínas cultivadas. Imagem: New Africa/Shutterstock

Sobre a decisão de entrar nesse mercado, a empresa ressalta que a sua estratégia é um “reflexo das novas tendências de consumo e do crescimento populacional esperado nas próximas décadas”.

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O objetivo da iniciativa é alcançar uma produção comercial até 2024. Ano em que a companhia prevê que será possível oferecer aos consumidores diversos alimentos feitos dessa forma nas prateleiras do supermercado, ou seja,  hambúrgueres, embutidos, almôndegas, dentre outros, tudo produzido a partir de células animais e com o mesmo sabor e textura da carne tradicional.

Por fim, a JBS também aproveitou para anunciar algo que deve ser de grande ajuda na sua nova empreitada: o seu primeiro centro de pesquisa e desenvolvimento em biotecnologia de alimentos e proteína cultivada no Brasil. Fruto de outro investimento de US$ 59 milhões (cerca de R$ 328 milhões).

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O laboratório, que deve ser inaugurado ao longo de 2022, será uma peça fundamental para a empresa desenvolver novas técnicas para acelerar o ritmo de produção e reduzir custos de manufatura da proteína cultivada.

Nestlé pode firmar parceria com startup para investir em carne cultivada

Em julho foi divulgado que a Nestlé, outra gigante dos alimentos, estaria negociando uma parceria com a startup israelense Future Meat Technologies (FMT). O objetivo é o mesmo da JBS, ou seja, usar a carne cultivada em laboratório em futuros produtos do portfólio da companhia suíça.

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Uma boa notícia, já que essa estratégia pode desencadear mudanças no futuro, como, por exemplo, uma queda brusca na necessidade de abater animais para alimentação.

Imagem principal: mundissima/Shutterstock

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