A erupção do vulcão do Monte Semeru, na Indonésia, já contabiliza 34 mortos, de acordo com atualização da agência nacional de desastres, ao mesmo tempo em que serviços de socorro emergencial são enviados à região pega totalmente desprevenida pelo incidente.
O monte Semeru – a montanha mais alta da ilha de Java – entrou em erupção no último sábado (4), pegando vilarejos inteiros totalmente desprevenidos e fazendo com que a população local corresse por segurança em desespero. Segundo Abdul Muhari, porta-voz da agência, além de 34 mortos, há também 17 desaparecidos e 3,7 mil pessoas foram evacuadas.
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“Eu estou traumatizado. Eu perguntei aos meus parentes quem deles teria coragem de retornar a Curah Kobokan [uma das regiões afetadas] e todos eles disseram que não iriam, que preferem dormir debaixo de uma árvore”, disse à AFP Marzuki Suganda, um homem de 30 anos que trabalha em uma mina de areia na área.
Os trabalhos de resgate estão passando por dificuldades devido à instabilidade vulcânica ao redor da montanha. Como a atividade no monte ainda é alta, há o risco de novas ejeções de lava ocorrerem durante o processo de busca. Ativo desde sábado, a erupção indonésia já teve outras três explosões menores nesta terça-feira (7).
“O que tememos é que o chão esteja frio por fora, mas quente por dentro. Se esse for o caso, então nós precisamos nos afastar [da área]”, disse o policial Imam Mukson Rido. As autoridades recomendam que as pessoas fiquem a uma distância de pelo menos cinco quilômetros (km) em relação à cratera do monte Semeru.
A razão para isso é o efeito mais perene da erupção: além do imediatismo de se fugir de lava e cinzas, há a consequência do ar extremamente denso e poluído, que pode ser nocivo aos pulmões – em especial, de pessoas idosas, portadores de problemas respiratórios e outros grupos de risco.
Segundo o presidente da Indonésia, Joko Widodo, cerca de 2 mil casas podem precisar de realocação, baseando a afirmação em um relatório que recebeu durante viagem à área afetada: “Espero que, quando as coisas se acalmarem, nós possamos começar a consertar a infraestrutura e comecemos a pensar em realocações de áreas que acreditamos serem as mais problemáticas”.
Quando o assunto é uma potencial erupção, a Indonésia tende a acionar todos os alertas: isso porque o país tem cerca de 130 vulcões ativos com variados graus de intensidade. Mais além, a nação está bem no centro do que geólogos chamam de “anel de fogo do Pacífico”, uma região com alta atividade sísmica e vulcânica devido a ser uma área de encontro de placas tectônicas – além de erupções, a Indonésia também tem forte tendência a apresentar mais terremotos que a média.
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