O Facebook anunciou que vai impedir que empresas ligadas aos militares de Mianmar utilizem suas plataformas. O acesso à internet no país passou a ser restrito desde que houve um golpe de estado no começo do ano, quando os militares tomaram o país.
Segundo a agência Reuters, desde fevereiro, quando houve o golpe, a Meta começou a bloquear redes ligadas ao novo governo. Agora, empresas e pessoas relacionadas com os militares também devem ficar fora do Facebook, Instagram e WhatsApp.
O Facebook é considerado a principal rede social de Mianmar, sendo amplamente usado tanto pelos militares quanto pelos manifestantes que são contra o atual governo. A empresa chegou a ser criticada por não tomar medidas suficientes para conter a crescente onda de ódio na plataforma.
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Facebook em Mianmar
O Facebook se tornou popular na região quando a empresa permitiu que o aplicativo fosse usado sem custos de dados em Mianmar. Metade dos 54 milhões de habitantes de Mianmar usa a rede social, e ativistas criaram uma página para coordenar a oposição ao golpe.
Até meados dos anos 2000, a maioria das pessoas em Mianmar não tinha acesso à internet ou telefones celulares sob o governo militar. A MTP detinha o monopólio doa cartões SIM, que poderiam custar centenas de dólares.
O país começou a se liberalizar em 2011. Três anos depois, duas empresas de telecomunicações receberam permissão para operar: a norueguesa Telenor e a Oredoo, do Qatar. “Mianmar ficou online mais ou menos da noite para o dia e quase de uma vez”, explica o analista político Richard Horsey, em entrevista à BBC.
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