Pelo ineditismo, resenhas sobre carros recém-lançados são comuns e necessárias, mas o que dizer de uma sobre um veículo na mão de um jornalista há 20 anos? Este é o caso do americano Andrew Nabors, que fez uma resenha sobre sua experiência de quase um quarto de século com um Camaro vermelho. Entregue, segundo ele, no dia 10 de setembro de 2001, 24 horas antes do ataque às Torres Gêmeas em Nova York.
À época, Nabors adquiriu uma edição especial do Camaro SS. Foram feitas, no total, 3.368 unidades desta versão em comemoração aos 35 anos do muscle car, a última também a sair da quarta geração, que havia sido lançada em 1993. Nesta versão, segundo o jornalista, vieram todos os itens do SS: suspensão Bilstein, downforce invejável, pneus de 17”. O custo foi de cerca de US$ 36 mil (aproximadamente R$ 93 mil em 2001).
Segundo Nabors, o recém-nascido fazia frente aos melhores Corvettes. Mesmo calçado com os “terríveis pneus Goodyear”, segundocom o jornalista, o carro era capaz de atingir uma força de 1G nas curvas, graças às atualizações de desempenho e estilo feitas pela Street Legal Performance (SLP), uma preparadora canadense que trabalhava à época com a Chevrolet. Veja, aliás, um pouco sobre o que o Camaro era capaz de fazer nessa resenha da Motorweek abaixo.
Por dentro, no entanto, os passageiros na fila dianteira eram obrigados a lidar com um espaço apertado por conta dos conversores catalíticos abaixo da carroceria. Os bancos traseiros também eram pequenos, o que os tornava “administráveis”, segundo Nabors, somente para adultos magros.
Apesar disso, o jornalista ressalta na resenha que a distribuição de peso no Camaro era favorável: sua única queixa era o forte desgaste dos pneus dianteiros, mas há a possibilidade da “péssima infraestrutura da Flórida” ter influenciado neste fator específico.
Camaro segue intacto após 20 anos
Nabors fez retoques adicionais ao Camaro nos anos seguintes. Ele afirma que precisava de um conversor de torque para garantir mais velocidade e o “ponto irreversível” foi alcançado ao instalar um comando de válvulas da Chevrolet feito para carros da ASA Dirt Track Series (um campeonato popular nos EUA que é uma espécie de Nascar mais amadora e é disputado em pistas de terra). Foi assim que, em 2009, o Camaro já produzia 400 cavalos de potência nas rodas traseiras, “mais do que o suficiente para um carro tão leve”.
Vinte anos depois, o amor de Nabors segue intacto. Ao fim da resenha sobre o Camaro, ele se refere ao carro como um objeto que “sempre me protegeu através de furacões, relacionamentos malucos e interações com a polícia”.
Segundo o jornalista, a única manutenção necessária é destinada aos motores de janela, ao arranque e ao alternador, com mais de 164 mil quilômetros rodados com o amigo V8 de 5,7 litros. “O Camaro está indo embora, então encontre um carro da quarta geração logo que você não se arrependerá!”, recomenda Nabors, no fim do texto.
Via Autoevolution
Imagem: Andrew Nabors/Autoevolution
Leia mais:
- Motos elétricas: tudo o que você precisa saber sobre elas
- Alpha Motors: baristas impressionam com carros elétricos retrô, mas origem do investimento é mistério
- Em acidente no aeroporto de Santa Rosa, jato Phenom 100 fabricado pela Embraer cai no barranco; assista
Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!