Meta Platforms processa hackers que se passavam por Facebook, Instagram e WhatsApp

A Meta Platforms, proprietária do Facebook, entrou com uma ação nos EUA contra hackers que faziam cópias de páginas de login de suas plataformas
Por Ronnie Mancuzo, editado por Lyncon Pradella 21/12/2021 10h00, atualizada em 21/12/2021 10h49
Uma lupa sobre o teclado para ilustrar uma captura de logine e senha do phishing realizado pelos hackers nas platafromas da Meta
Compartilhe esta matéria
Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

A Meta Platforms, de Mark Zuckerberg, entrou com uma ação federal no estado da Califórnia, Estados Unidos, contra hackers que operavam mais de 39 mil sites de phishing. Os criminosos se faziam passar por propriedades digitais da empresa para induzir usuários desavisados a fornecer suas credenciais de login.

O esquema de engenharia social envolveu a criação de sites falsos que se mascararam como páginas de login do Facebook, Messenger, Instagram e WhatsApp, pertencentes à empresa. Então, era solicitada às vítimas a inserção de seus nomes de usuário e senhas. Na ação, a Meta exige US$ 500 mil dos hackers, que ainda não foram identificados.

captura de tela ilustrando uma página falsa do ataque dos hackers
Imagem: Reprodução/The Hacker News

Ataques hacker de phishing têm aumentado

Os ataques foram realizados por meio de um serviço de retransmissão, chamado Ngrok, que redirecionava o tráfego da Internet para os sites de phishing de uma maneira que ocultava a verdadeira localização da infraestrutura fraudulenta. Assim, os hackers buscavam ficar indetectáveis e sem bloqueio contra sua infraestrutura. Segundo a Meta Platforms, o volume desses ataques de phishing aumentou desde março de 2021.

A ação surge dias depois que a empresa de tecnologia e mídias sociais anunciou que tomou medidas para interromper as atividades de sete unidades de vigilância de aluguel que criaram mais de 1.500 contas falsas no Facebook e Instagram para atingir 50 mil usuários localizados em mais de 100 países. No mês passado, a Meta disse que baniu quatro grupos cibernéticos maliciosos por terem como alvo jornalistas, organizações humanitárias e forças militares anti-regime no Afeganistão e na Síria.

Jessica Romero, diretora de fiscalização e litígio de plataforma da Meta, disse que a empresa bloqueia e denuncia as ocorrências de abuso à comunidade de hospedagem e segurança, registradores de nomes de domínio, serviços de privacidade/proxy e outros. Além disso, a Meta bloqueia e compartilha URLs de phishing para que outras plataformas também possam bloqueá-los.

Leia mais:

Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal.

Imagem: Macedo_Media/Pixabay/CC

Ronnie Mancuzo
Redator(a)

Ronnie Mancuzo é analista de sistemas com especialização em cybercrime e cybersecurity | prevenção e investigação de crimes digitais. Faz parte do Olhar Digital desde 2020.

Lyncon Pradella
Ex-editor(a)

Lyncon Pradella é jornalista formado pela Universidade Nove de Julho. Foi estagiário da RedeTV! e repórter freelancer do UOL antes de se tornar Editor do Olhar Digital.