Rússia lança ‘novo’ foguete em terceiro voo de teste

O foguete Angara foi o primeiro desenvolvido no país após a queda da União Soviética, especificamente desenhado como sucessor do Proton
Por Rafael Arbulu, editado por Rafael Rigues 28/12/2021 12h02, atualizada em 30/12/2021 11h14
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Imagem: Roscosmos, via Twitter
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O foguete Angara, o primeiro criado pela Rússia após a queda da União Soviética, teve seu terceiro voo de teste realizado na última segunda-feira (27). O objetivo foi avaliar a capacidade de voo do veículo criado para o lançamento de cargas pesadas. Antes deste, o último lançamento foi feito em dezembro de 2020.

A Rússia lançou o “novo” foguete – apelidado “Angara-A5” – da base militar de Plesetsk, no norte do país, com uma carga falsa. A ocasião foi celebrada pela agência espacial Roscosmos e pelo ministério da defesa por meio das mídias governamentais e pelo canal oficial da agência no Telegram.

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“A Roscosmos parabeniza as forças militares e espaciais e também toda a indústria espacial russa”, disse a agência em comunicado oficial e também no Twitter. “Todas as operações pré lançamento e o lançamento do foguete Angara-A5 foram executadas apropriadamente”, disse o ministério.

Os foguetes Angara são assim chamados em homenagem ao rio homônimo que corre pela região siberiana, saindo do Lago Baikal. Apesar de já existirem há 30 anos (a União Soviética oficialmente deixou de existir em 26 de dezembro de 1991), apenas três voos – todos em contexto de teste – foram executados, daí o caráter de “novidade” da notícia.

O Angara foi desenhado para substituir a linha de foguetes Proton, que está em uso pela Rússia desde a década de 1960, em plena Guerra Fria, mas que vem apresentando várias falhas em lançamentos recentes. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse em ocasiões anteriores que espera que o Angara “reacenda” a indústria espacial do país, além de tornar a Rússia menos dependente de antigos companheiros soviéticos.

Segundo as especificações técnicas conhecidas, o Angara é mais amigável ao meio ambiente por usar um composto de oxigênio e querosene como combustível, enquanto o Proton ainda depende da dimetil-hidrazina assimétrica, que é tóxica e requer manipulação especializada.

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Jornalista formado pela Universidade Paulista, Rafael é especializado em tecnologia, cultura pop, além de cobrir a editoria de Ciências e Espaço no Olhar Digital. Em experiências passadas, começou como repórter e editor de games em diversas publicações do meio, e também já cobriu agenda de cidades, cotidiano e esportes.

Redator(a)

Rafael Rigues é redator(a) no Olhar Digital