Satélite da China tira selfies na órbita de Marte

Veículo orbital da agência chinesa tem câmera destacável que permitiu a captura de imagens com ele próprio à frente do planeta vermelho
Por Rafael Arbulu, editado por Rafael Rigues 03/01/2022 17h22, atualizada em 04/01/2022 12h44
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O Tianwen 1, satélite que a China enviou para Marte em julho de 2020, devolveu ao seu centro de controle uma série de selfies, capturadas por meio de uma câmera destacável que permitiu à nave ficar posicionada à frente do planeta vermelho.

As imagens mostram claramente o satélite chinês, com seus painéis solares abertos, acima do pólo norte de Marte, além de um close em uma das calotas polares do quarto planeta do nosso sistema solar.

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O interessante é o nível de detalhes que as fotos mostram – sobretudo do satélite em si. Nas redes sociais, engenheiros envolvidos com veículos similares de outras agências dedicaram sua atenção a observar o aparelho, que conta com seis instrumentos entre captura de imagens e observação de fenômenos eletromagnéticos, sismógrafos (terremotos), analisadores de partículas e até um espectrômetro de minerais.

Esse veículo orbital, caso não o tenha reconhecido pelo nome, foi o que carregou o rover chinês Zhurong, que transita a região norte de Marte. A agência espacial chinesa (CNSA) aproveitou a qualidade das imagens para ressaltar que, mesmo depois de quase um ano em órbita (o Tianwen-1 chegou à órbita de Marte em fevereiro de 2021), o veículo segue em ótimas condições.

“O veículo atualmente orbitando Marte está em ótima forma”, disse Sun Zezhou, chefe de design do Tianwen-1. “Nós podemos vê-lo orbitando Marte em estado plenamente funcional, e claramente enxergamos seus painéis solares, antena direcional e algumas das antenas dispostas em órbita”.

Vale lembrar que as atualizações do progresso da missão chinesa no planeta vermelho estão ficando mais e mais raras. A princípio, isso se deu por um “blecaute” de comunicação causado pelo movimento da Terra e de Marte: o Sol acabou ficando entre os dois planetas no segundo semestre de 2021, forçando o desligamento de comunicações em tempo real.

Depois, o Tianwen-1 mudou a sua órbita para iniciar uma série própria de experimentos científicos, assumindo uma posição mais ativa na missão e deixando aos poucos de servir como um simples ponto de comunicação.

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Jornalista formado pela Universidade Paulista, Rafael é especializado em tecnologia, cultura pop, além de cobrir a editoria de Ciências e Espaço no Olhar Digital. Em experiências passadas, começou como repórter e editor de games em diversas publicações do meio, e também já cobriu agenda de cidades, cotidiano e esportes.

Redator(a)

Rafael Rigues é redator(a) no Olhar Digital