Uma pesquisa publicada no jornal científico American Stroke Association aponta que usuários de maconha que sofrem um derrame subaracnóideo aneurismático, um tipo de acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico, possuem chances mais altas de desenvolver maiores incapacidades ou até mesmo a morte.  

Este tipo de AVC acontece quando um vaso sanguíneo se rompe na superfície do cérebro, resultando no sangramento no espaço entre o cérebro e o tecido que o cobre. Cerca de 66% dos pacientes que apresentam este quadro sofrem com incapacidade neurológica, enquanto aproximadamente 40% vem a óbito.   

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“Somos todos vulneráveis a um derrame hemorrágico ou a um aneurisma rompido, no entanto, se você é um usuário rotineiro de maconha, pode estar predisposto a um resultado pior de um derrame após a ruptura do aneurisma”, disse Michael T. Lawton, autor sênior do estudo e presidente do Barrow Neurological Institute em Phoenix, nos Estados Unidos.  

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Os pesquisadores analisaram o quadro de cerca de 1 mil pacientes que tiveram o AVC em questão, desses, 46 pessoas tiveram os testes de urina positivos para uso recente de maconha.  

Estes usuários da maconha foram considerados: 2,7 vezes mais propensos a desenvolver isquemia cerebral tardia – quando há diminuição do fluxo sanguíneo no cérebro pois os vasos se comprimem para estancar o sangramento; 2,8 vezes mais passíveis de desenvolver deficiências físicas moderadas ou graves a longo prazo; com 2,2 vezes maior risco de morte.  

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Ilustração 3D de um vaso sanguíneo
Uso de maconha pode agravar quadros de AVC. Imagem: Alex Mit/Shutterstock

“Quando as pessoas chegam com aneurismas rompidos e têm um histórico de uso de cannabis ou são positivas em um exame de toxicologia, deve levantar uma bandeira vermelha para a equipe de tratamento de que elas correm maior risco de vasoespasmo e complicação isquêmica”, alerta Lawton. 

“De todas as substâncias detectadas no exame toxicológico, apenas a maconha aumentou o risco de isquemia cerebral retardada. A cocaína e a metanfetamina são drogas hipertensivas, portanto, provavelmente estão relacionadas à ruptura real, mas não se espera que tenham um impacto no vasoespasmo”, explicou. 

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