Arqueólogos encontram múmia pré-Inca próximo de Lima, capital do Peru

Estimativas da equipe afirmam que a múmia - um homem - tinha entre 18 e 22 anos de idade, tendo vivido entre 800 e 1,2 mil anos atrás
Por Rafael Arbulu, editado por Rafael Rigues 10/01/2022 19h53, atualizada em 11/01/2022 10h31
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Imagem: Telegraph, via YouTube
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Uma múmia pré-Inca foi encontrada por arqueólogos em um sítio de escavação localizado em Cajamarquilla, cerca de 25 quilômetros (km) de Lima, capital do Peru. O corpo se encontrava em ótimo estado de conservação, o que permitiu à equipe fazer boas estimativas de sua idade.

A múmia pré-Inca era um homem, que morreu com algo entre 18 e 22 anos de idade, em um período relativamente longevo, entre 800 e 1,2 mil anos atrás. Naquela época, a região era povoada por cerca de 10 mil pessoas – a maioria, mercadores e comerciantes de várias especiarias.

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De acordo com os pesquisadores – todos da Universidade Nacional de San Marcos -, eles recentemente descobriram uma tumba subterrânea, com proporções grandes o suficiente para que os arqueólogos quase conseguissem andar em pé (três metros de comprimento  por 1,4 metro de altura). Nela, foi encontrada uma escada que descia ainda mais para o fundo, onde a múmia foi encontrada.

O corpo foi encontrado deitado em posição lateral, com mãos amarradas, sob uma pilha de rochas, e aparentava estar cobrindo o próprio rosto. A múmia pré-Inca estava em tão bom estado que até mesmo suas unhas eram evidentes na ocasião da descoberta.

De acordo com os especialistas, embora a ideia de se encontrar um corpo antigo amarrado possa passar a impressão de algum criminoso ou prisioneiro, o costume de amarrar cadáveres era comum entre os habitantes da região que antecederam os incas.

Prova disso foram alguns restos de refeições contendo moluscos e ossos de lhama encontrados por perto – evidência de que a múmia foi visitada após a sua morte. Como as pessoas da época não tinham o hábito de enterrar seus mortos com suas posses valiosas, são poucas as chances de que os visitantes tenham sido ladrões, então faz mais sentido tratarem-se de amigos, familiares ou descendentes.

O laboratório da universidade está agora conduzindo mais testes para tentar descobrir maiores detalhes do material obtido.

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Jornalista formado pela Universidade Paulista, Rafael é especializado em tecnologia, cultura pop, além de cobrir a editoria de Ciências e Espaço no Olhar Digital. Em experiências passadas, começou como repórter e editor de games em diversas publicações do meio, e também já cobriu agenda de cidades, cotidiano e esportes.

Redator(a)

Rafael Rigues é redator(a) no Olhar Digital