A Rússia mandará para a Estação Espacial Internacional (ISS) a única cosmonauta feminina na ativa em seu programa espacial. Anna Kikina, uma engenheira espacial de 37 anos, deve se dirigir ao laboratório orbital até setembro de 2022.

Dissemos “até” setembro pois há uma possibilidade de que a viagem seja antecipada em um mês: se as negociações entre a agência espacial Roscosmos e a SpaceX, empresa fundada e liderada por Elon Musk, finalizarem os termos de um acordo comercial, então Kikina partirá para a ISS em agosto, a bordo de uma nave Crew Dragon.

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Imagem da cosmonauta Anna Kikina
A cosmonauta Anna Kikina tem patente de aviação no exército russo e é, hoje, a única mulher ativa no programa espacial do país (Imagem: Roscosmos/Divulgação)

Kikina será a quinta mulher russa a viajar ao espaço em toda a história da Rússia e da União Soviética. Antes dela, a última mulher do país a viajar ao espaço foi Elena Serova, que passou 167 dias a bordo da ISS, em setembro de 2014.

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Antes dela, a atriz Yulia Peresild foi à estação para filmar partes do filme “O Desafio”, em novembro de 2021. Vale lembrar que a Rússia foi a primeira a colocar uma mulher no espaço, em junho de 1963 – Valentina Tereshkova. Em 1984, foi a vez de Svetlana Savitskaya, a primeira mulher na história a executar uma caminhada espacial.

Apesar dos recordes conquistados, o volume de mulheres russas enviadas pela Roscosmos ao espaço é pífio perto dos EUA: não que os americanos sejam um exemplo de equidade em oportunidades espaciais, mas a NASA já enviou mais de 50 astronautas mulheres ao longo de todo o seu programa espacial – isso, fora as oportunidades alavancadas pela iniciativa privada, como a Blue Origin e a já citada SpaceX

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A Roscosmos não detalhou qual será a missão da única cosmonauta feminina da Rússia na ISS, mas o possível acordo com a SpaceX parece estar em estágios avançados, sinalizando uma mudança de comportamento do atual diretor da agência russa – Dmitry Rogozin -, que tinha por hábito atirar “farpas” contra a NASA e Elon Musk.

É intenção da Rússia aposentar a família de foguetes Soyuz: apesar de ter passado por diversas atualizações tecnológicas, ela ainda segue o mesmo padrão de design de décadas atrás. Isso deixaria a SpaceX em uma posição confortável para ser contratada pelo governo de Vladimir Putin.

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