Desde que chegou ao lado mais distante da Lua, em janeiro de 2019, o rover Yutu-2, da China, tem feito descobertas interessantes sobre a face oculta de nosso satélite natural, nessa que já é a mais longa missão na superfície lunar da história. A novidade agora é que ele detectou que o solo “daquelas bandas” é surpreendentemente “grudento”.

Segundo um artigo publicado esta semana pela equipe responsável pelo rover chinês na revista científica Science Robotics, o regolito lunar — solo, basicamente — no lado mais distante da Lua é mais aderente do que o solo no lado mais próximo, visível para nós.

De acordo com pesquisadores que operam o rover Yutu-2, da China, o lado oculto da Lua conta com um solo muito mais argiloso do que o do lado visível. Imagem: Dotted Yeti – Shutterstock

Argila do lado oculto da Lua grudou nas rodas do rover

A equipe percebeu que pedaços de solo lunar ficaram grudados nas rodas do rover – provavelmente porque a superfície do outro lado “se assemelha a areia seca e argila na Terra”, de acordo com o artigo.

Além disso, os pesquisadores também descobriram que o outro lado tem muitas crateras relativamente pequenas. O relatório conta com dados coletados de 88 crateras, com 57 delas medindo menos de 10 m de diâmetro e duas medindo cerca de 60 m de diâmetro.

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Segundo a pesquisa, o lado mais distante da Lua apresenta muito mais crateras do que o lado visível e próximo. Os cientistas acreditam que isso pode ter relação com o fato de que a Terra ajuda a proteger a superfície lunar de certos impactos. Além disso, o lado próximo, de acordo com o novo estudo, parece ter tido muito mais atividade vulcânica em seu passado. 

Yutu-2 faz parte da missão Chang’e-4, a primeira a pousar no lado distante da Lua. Os objetivos da missão são estudar a composição das rochas de basalto daquele solo e comparar essas rochas vulcânicas com aquelas do lado próximo da Lua. Desde o seu pouso, o rover viajou cerca de 1.005 m, analisando a geologia local.

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