A Tesla, montadora de automóveis elétricos do bilionário sul-africano Elon Musk, vem expandindo seus negócios na região de Xinjiang, extremo oeste da China. Mas, o movimento é considerado equivocado por parlamentares dos Estados Unidos, de comissões do Congresso sobre supervisão e comércio.

A região é justamente onde campos de detenção chineses atraíram fortes críticas. Os parlamentares norte-americanos questionaram fabricante de carros sobre o fornecimento de produtos feitos na China.

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“Sua expansão equivocada para a Região Autônoma Uigur de Xinjiang é um mau exemplo e fortalece ainda mais o (governo chinês)”, diz a carta conjunta assinada pelos congressistas democratas Bill Pascrell e Earl Blumenauer, direcionada a Musk, CEO da Tesla. Eles lideram dois subcomitês da Câmara dos Deputados.

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A companhia abriu, em Xinjiang, um showroom, anunciado na véspera do Ano Novo. Essa é a mais nova loja estrangeira da montadora, justamente na região envolvida em tensões. O local é um grande ponto de conflito entre a China e governos ocidentais.

A China é acusada de prender diversos grupos étnicos em campos de detenção em Xinjiang. Imagem: Reprodução

Especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU) e outros grupos de direitos humanos estimam que em torno de um milhão de pessoas foram detidas em campos em Xinjiang. Os principais grupos étnicos presos são os uigures e membros de outras minorias mulçumanas.

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Os Estados Unidos citam o tratamento do governo chinês a esses grupos como genocídio. A China, por sua vez, nega as acusações de trabalho forçado ou outros abusos. O presidente Joe Biden, junto com outros legisladores dos EUA, pressiona as empresas norte-americanas para que se afastem do local.

O chefe do governo estadunidense também assinou uma lei, no final do ano passado, proibindo a importação de mercadorias feitas na região. Nem a Tesla, nem a Embaixada da China em Washington falaram sobre o caso, a pedido da agência internacional de notícias Reuters.

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Via: Reuters

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