Lavagem de dinheiro movimentou quase R$ 47 bi em criptomoedas, diz pesquisa

Gabriel Sérvio26/01/2022 15h07
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Imagem: mykhailo pavlenko/Shutterstock
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Segundo um relatório divulgado nesta quarta-feira (26) pela empresa de blockchain Chainalysis, os cibercriminosos lavaram US$ 8,6 bilhões em criptomoedas no ano passado, quase R$ 47 bilhões na cotação atual — um salto de 30% frente ao número registrado em 2020.

Desde 2017, quando os dados começaram a ser contabilizados, foram US$ 33 bilhões em criptoativos associados à lavagem de dinheiro. Um crime em que a origem de uma determinada quantia é ilegalmente disfarçada em diversas transferências para outras empresas.

Conceito de lavagem de dinheiro com moeda digital de Bitcoin
Lavagem de dinheiro utilizando criptomoedas aumentou 30% em 2021. Imagem: Mike_O/Shutterstock

O resultado, porém, não surpreendeu a Chainalysis, já que o aumento expressivo desse tipo de crime acompanhou um crescimento também significativo em outras atividades relacionadas às criptomoedas (tanto legítimas como ilegais) ao longo de 2021.

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Do total, 17% dos US$ 8,6 bilhões foram lavados através de aplicações financeiras descentralizadas, que facilitam mover grandes quantias fora dos sistemas dos bancos tradicionais.

As corretoras de alto risco e os mixers (ou misturadores) de criptomoedas também registraram crescimento em movimentações de valores ilícitos, revelou a pesquisa. Os ‘misturadores’, por exemplo, são atraentes por conseguirem operar combinando diversos fundos de criptomoedas, o que ajuda a ocultar os rastros do crime.

Já as carteiras de cripto (ou wallet) responderam pela movimentação de US$ 750 milhões roubados e enviados para plataformas descentralizadas.

Por fim, a pesquisa aponta que os US$ 8,6 bilhões lavados no ano passado foram derivados principalmente de ataques do tipo ransomware e vendas no mercado ‘darknet‘, uma parcela da internet protegida por criptografia que não pode ser acessada por navegadores tradicionais.

Via: Reuters

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Gabriel Sérvio é formado em Comunicação Social pelo Centro Universitário Geraldo Di Biase e faz parte da redação do Olhar Digital desde 2020.