Retinoblastoma: entenda o câncer que afeta filha de Tiago Leifert

Tiago Leifert e Daiana Garbin revelaram hoje (29) que Lua, filha do casal, está com um câncer raro nos olhos, chamado retinoblastoma
Layse Ventura29/01/2022 12h01, atualizada em 30/01/2022 15h15
Daiana Garbin e Tiago Leifert publicam vídeo sobre câncer da filha Lua, diagnosticada com retinoblastoma
Imagem: Instagram / Reprodução
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Tiago Leifert e Daiana Garbin revelaram hoje (29) que Lua, filha de dois anos do casal, está com um câncer raro nos olhos, chamado retinoblastoma. O anúncio foi feito por meio de um vídeo no Instagram, que pode ser conferido abaixo.

O retinoblastoma é um tipo de câncer que afeta as células da retina principalmente em crianças abaixo de 5 anos de idade, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Vale lembrar que a retina é uma fina camada de tecido que fica localizada no fundo dos olhos. É nessa estrutura onde as células transformam a luz em impulsos elétricos para o cérebro através do nervo ótico.

Além disso, o tumor é maligno e pode afetar um ou dois olhos. A maior parte dos pacientes apresentam a doença em apenas um dos olhos, sendo que em 60% deles não têm ligação hereditária e em outros 15% sim. O caso do tumor bilateral (que é o mesmo da Lua) atinge 25% dos pacientes e sempre é hereditário, de acordo com o Manual MSD.

https://www.instagram.com/p/CZUNQPGojya/

O casal levou à filha ao oftalmologista após perceber que os olhos da criança apresentavam movimentos irregulares e um reflexo branco, chamado de leucocoria e é similar ao brilho presente nos olhos de um gato à noite. Os pais observaram também que ela posicionava a cabeça para a lateral para enxergá-los.

Outros sintomas do retinoblastoma incluem estrabismo (quando os olhos ficam vesgos), dor e inchaço nestes órgãos ou perda de visão.

Se você desconfia que seu filho apresenta algum desses sinais, você deve levá-lo a um oftalmologista para ser examinado. O diagnóstico de retinoblastoma é feito por um exame do fundo de olho com a pupila bem dilatada e pode ser confirmado com ultrassonografia. Já a biópsia geralmente não é recomendada nesses casos.

Fundoscopia é como é chamado o exame de fundo de olho, realizado por um oftalmologista
O diagnóstico de retinoblastoma é feito por um exame do fundo de olho, a fundoscopia. Imagem: Inside Creative House / Shutterstock

Quanto ao tratamento para retinoblastoma, o médico vai avaliar não apenas quantos olhos foram afetados, mas também se há a presença de metástase.

Atualmente, o paciente pode ser tratado com:

  • Enucleação, que é a retirada do globo ocular;
  • Quimioterapia sistêmica por via oral ou intravenosa;
  • Radioterapia;
  • Quimioterapia intra-arterial;
  • Crioterapia.

A boa notícia é que cerca de 90% das crianças com retinoblastoma são curadas. Porém, para pacientes em que a doença se disseminou para além do olho, o prognóstico não é tão bom, de acordo com o GRAACC.

Objetivo é conscientizar

De acordo com o casal, o objetivo do vídeo é conscientizar pais e cuidadores a diagnosticar rapidamente esse tipo de câncer raro, que, segundo eles informaram, afeta cerca de 200 crianças por ano no Brasil.

“O mais importante em qualquer tipo de câncer, vocês sabem disso, é o diagnóstico precoce. No caso do retinoblastoma, quanto antes você conseguir descobrir… porque o olho é apertadinho. Então, o tumor vai crescendo, vai empurrando e descolando toda a retina. A criança pode ficar cega e ter que remover o olhinho inteiro, às vezes os dois olhos. É muito importante descobrir o quanto antes”, explicou Daiana Garbin no vídeo.

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De acordo com o casal, os dois olhos de Lua foram afetados com tumores. Desde o diagnóstico, feito em outubro de 2021, a criança já passou por 4 sessões de quimioterapia.

“Ela está com o cabelinho ainda intacto, porque a forma de fazer quimioterapia no retinoblastoma – algumas crianças conseguem, e ela conseguiu – é através de um cateterismo intra-arterial. Então, eles colocam o remédio só ali no olho, bem especificamente no olho. Ele acaba indo um pouco para a circulação, mas não o suficiente para ter efeitos colaterais graves”, disse Tiago Leifert.

O jornalista confidenciou durante a gravação que o diagnóstico da doença foi responsável pela sua saída do programa ‘The Voice Brasil’.

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Layse Ventura
Editor(a) SEO

Layse Ventura é jornalista (Uerj), mestre em Engenharia e Gestão do Conhecimento (Ufsc) e pós-graduada em BI (Conquer). Acumula quase 20 anos de experiência como repórter, copywriter e SEO.