Estrelas nascem e morrem o tempo todo no céu sobre nossas cabeças. E o Telescópio Espacial Hubble, da Nasa, frequentemente captura imagens incríveis de ambos os momentos. Desta vez, o observatório orbital flagrou um impressionante berçário estelar iluminado pela luz azul brilhante de estrelas bebês.

Conhecido como Complexo de Nuvens Camaleão, esse berçário estelar tem 65 anos-luz de largura, ocupando a maior parte da Constelação de Camaleão, que é visível do Hemisfério Sul da Terra. Localizada a 522 anos-luz do nosso planeta, essa área é uma das regiões de formação de estrelas ativas mais próximas daqui.

Complexo de Nuvens Camaleão, captado pelo telescópio Hubble, onde é possível ver estrelas bebês e arcos de gás interestelar chamados objetos Herbig-Haro. Crédito: NASA/ESA/K. Luhman/T. Esplin et al./ESO/Gladys Kober

Entenda a imagem captada pelo Hubble

Segundo a Nasa, a nova imagem feita pelo Hubble — composta por 23 observações do telescópio espacial — captura apenas um dos três segmentos da vasta região, chamado Nuvem Camaleão 1 (Cha 1).

Nela, estão nuvens moleculares escuras e empoeiradas onde novas estrelas se formam, juntamente com nebulosas de reflexão que brilham em um azul reluzente com a luz de estrelas recém-nascidas próximas.

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De acordo com um comunicado emitido pela agência espacial norte-americana, o telescópio também capturou aglomerados brilhantes e arcos conhecidos como objetos Herbig-Haro, que se formam da seguinte maneira: o gás ejetado por protoestrelas colide com as nuvens de gás e poeira, e, por sua vez, os jatos das estrelas infantis energizam o gás.

“A nuvem branco-laranja na parte inferior da imagem hospeda uma dessas protoestrelas em seu centro”, disse a equipe do Hubble na Nasa. “Seus brilhantes jatos brancos de gás quente são ejetados em torrentes estreitas dos polos da protoestrela, criando o objeto Herbig-Haro HH 909A”.

Observações de Cha 1 foram coletadas durante a caçada da agência por “estrelas fracassadas” de brilho extremamente fraco e de baixa massa conhecidas como anãs marrons, mais massivas que a maioria dos planetas, mas não pesadas o suficiente para inflamar como estrelas. 

Ainda segundo o comunicado da Nasa, as imagens foram feitas usando os instrumentos Advanced Camera for Surveys e Wide Field and Planetary Camera 2 (WFPC2). A cruz luminosa ao redor das estrelas é um artefato, criado à medida que sua luz brilhante contorna os suportes em forma de cruz que suportam o espelho secundário do telescópio Hubble.

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