Na última quarta-feira (2) os céus de três estados brasileiros na região Nordeste foram iluminados pela passagem de um meteoro que foi visto na Paraíba, em Pernambuco e no Ceará. O evento foi observado em pelo menos sete cidades.

De acordo com o diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (BRAMON, na sigla em inglês), Marcelo Zurita, colunista do Olhar Digital, a trajetória da bola de fogo foi de sudoeste para nordeste, indo na direção dos municípios de Patos e Santa Luzia, ambos na Paraíba.

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Zurita, que também é presidente da Associação Paraibana de Astronomia, explica que os céus limpos nessas regiões nesta semana ajudaram na observação do meteoro, mas esses fenômenos dificilmente acontecem nesta época do ano. “Nesta época, ninguém sabe o motivo exato, há poucos registros de meteoros. Eles voltam a reaparecer no final de março”.

Segundo Zurita, o primeiro relato desse meteoro foi feito por Thalles Oliveira, um internauta de Crato, município do Ceará, no grupo da BRAMON no Facebook, que informou ter visto a passagem de um “cometa”.

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Imagem: Facebook BRAMON

“Pela descrição no seu post, o que o Thalles viu foi na verdade um meteoro”, explica Zurita (veja como diferenciar). Sabendo disso, os pesquisadores analisaram as imagens das câmeras da plataforma de monitoramento Clima ao Vivo, e confirmaram que o meteoro relatado pelo internauta, de fato, aconteceu.

Apesar de não ter causado um brilho muito intenso, o que chama a atenção na ocorrência desse fenômeno é, justamente, o fato de não estarmos em uma época de muitos registros.

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“Não temos análises mais detalhadas a respeito do meteoro, mas o que podemos perceber, pelas imagens, é que ele ocorreu no sertão da Paraíba, e que sua trajetória se encerrou entre Patos e Santa Luzia”, disse Zurita, que estima que o objeto que gerou o evento foi uma rocha espacial do tamanho aproximado de uma laranja. “E certamente ele foi totalmente vaporizado na passagem atmosférica. Se sobrou algo, seriam apenas pequenos fragmentos de alguns poucos gramas”.

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Esse meteoro não foi registrado pela BRAMON. Zurita explica que isso, às vezes, acontece, principalmente por conta de nuvens nas regiões onde as câmeras estão posicionadas, e que a organização sempre recebe relatos como o do morador do Ceará, o que auxilia nos trabalhos. “A BRAMON sempre recebe esse tipo de relato pelas redes sociais e também através de um formulário online que disponibilizamos para isso”.

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