O mais novo game da Sloclap, Sifu foi feito sob medida para os apaixonados por artes marciais. O Olhar Digital recebeu acesso antecipado ao game e traz agora as primeiras impressões sobre Sifu, um game para aqueles que buscam um desafio dos grandes.

No game em terceira pessoa de combate em corpo a corpo, acompanhamos a jornada de um jovem aprendiz de kung fu procurando os responsáveis por matar sua família, sem ajuda de ninguém além de suas habilidades e um pingente misterioso que o ajuda em sua jornada pela vingança.

publicidade
Sifu
Sifu começa 8 anos antes dos acontecimentos do game. Divulgação/Sloclap

Sifu começa 8 anos antes em uma cidade chinesa fictícia. Você ajuda a invadir uma escola de artes marciais, Wuguan, matar todos até encontrar o mestre, que apresenta um desafio maior. Esse trecho do jogo é mais uma introdução e tutorial, onde você consegue entender mais a motivação do seu personagem e escolhe se jogará com um menino ou uma menina.

Depois disso, o jogo se inicia na Wuguan nos dias atuais, após o jogador passar por um tutorial bem interessante. Mas o treinamento nunca para em Sifu e Wuguan serve como uma espécie de Hub para o jogador.

publicidade

Por lá é possível acessar a árvore de habilidades, que vai crescendo junto com o seu conhecimento do game, um quadro de pistas que você vai juntando pelo caminho, o ponto em que você começa a sua jornada, e ainda um centro de treinamentos, onde você pode compreender minuciosamente cada golpe. E acredite em mim, você vai precisar.

É que Sifu se trata de um roguelike, gênero dos games com dificuldade elevada em que o jogador retorna ao começo quando morre. Mas o game tem uma diferença bem interessante e inovadora.

publicidade

A cada morte, o protagonista usa o pingente, uma espécie de amuleto para voltar à vida, só que com um detalhe: cada vez que você morre no jogo, seu personagem fica uns anos mais velho.

sifu
Amuleto é parte essencial de Sifu. Divulgação/Sloclap

E não é só isso. A cada morte, a saúde dele diminui, e o dano causado por seus golpes aumenta, afinal ele está mais velho, mas também mais experiente. Os anos vão saltando mais rapidamente de forma progressiva.

publicidade

Só que tudo tem limite, inclusive a sua expectativa de vida. Após 10 mortes e alcançando os 74 anos, você perde a capacidade de voltar dos mortos e precisa recomeçar do zero.

Mas, assim como o personagem fica mais experiente com o passar dos anos, você também aprende novos truques e atalhos à medida em que joga as fases. Então é bom sempre ter atenção. Vale mesmo a pena entrar naquela sala com 5 capangas se ela não leva a lugar algum?

Sifu
Personagem vai ficando mais velho a cada morte. Divulgação/Sloclap

Ao todo, Sifu é composto por cinco partes que você precisa dominar: Os Cortiços, O Clube, O Museu, A Torre e O Santuário. Além do kung fu, existe um aspecto investigativo no jogo, em que você vai juntando pistas para entender para onde isso tudo vai levar e encontrar os cinco personagens para alcançar a vingança pelo que aconteceu oito anos antes.

Uma das minhas configurações preferidas de Sifu é que os comandos das sequências de golpes estão apenas há um botão de distância, o que ajuda bastante a ir pegando os golpes aos poucos. Não lembra como faz para dar uma rasteira no adversário? Aperte um botão, relembre e retorne ao jogo para usá-lo. Assim dominar o kung fu fica um pouco menos complexo.

E falando em coisas preferidas, uma das cenas que mais me surpreendeu foi a que o personagem entra em um corredor, ainda no primeiro capítulo da história, e o ângulo muda e vemos o corredor de lado, com o combate acontecendo dessa forma. Esse tipo de coisa mostra que o jogo foi pensado nos mínimos detalhes.

Sifu
De repente, o ângulo muda e você se vê num corredor cheio de capangas. Divulgação/Sloclap

Outro recurso que é possível ir usando sempre é o Foco, um golpe poderoso que é desbloqueado por meio de carregamento – quanto mais você atinge adversários, maior fica a barra. Ao completá-la, você pode dar um dos golpes disponíveis por lá e causar um baita dano no adversário.

A desenvolvedora francesa Sloclap parece ter um gosto forte por artes marciais, entregando Sifu após já ter o RPG de ação Absolver como seu primeiro jogo desenvolvido, outro game com temática de artes marciais.

No entanto, é Sifu que se trata de uma verdadeira homenagem ao gênero, com uma estética brilhante e mecânica intuitiva. Mas, quem realmente ama as artes marciais e o Kung Fu vai de certo se apaixonar, e entender o motivo de tamanha dificuldade que o jogador encontra pelo caminho.

Leia mais!

Se eu tivesse que escolher algo para criticar em Sifu, seria justamente essa dificuldade exacerbada, que pode acabar desanimando alguns. Mas, ao mesmo tempo, essa dificuldade é parte da graça do jogo.

Com pontos de salvamento, Sifu talvez se tornasse apenas mais um game qualquer com artes marciais, mas ele quer desafiar os usuários a crescer dentro do jogo. Dou bastante crédito por Sifu não ter tantas passagens animadas que tornariam esse retorno ao começo bem cansativo.

Kung Fu significa “domínio por meio da prática” e Sifu segue esse lema em cada cena. A cada morte frustrante (e elas não serão poucas), é se lembrar o significado do Kung Fu e seguir em frente.

Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!