Nissan pode parar de desenvolver combustão interna e se focar só em elétricos – menos nos EUA

Empresa criadora do Leaf pode ser a primeira japonesa a adotar esse tipo de compromisso, com uma exceção: nos EUA, caminhonetonas imperam
Fábio Marton08/02/2022 18h24
Nissan Ariya
Nissan/Divulgação
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Repórteres do site japonês Nikkei informam que “pessoas familiares com os planos da empresa” confirmaram que a Nissan vai embarcar de vez na era do elétrico e parar de desenvolver motores a combustão interna, num movimento já feito por empresas como a Volvo, a Hyundai e o grupo Stellantis, entre várias outras.

Se isso se confirma, será a primeira montadora japonesa a tomar a medida.

Ou quase: a regra não vale para os Estados Unidos, onde o grosso do faturamento da empresa está nas caminhonetonas Frontier e Titan. É um público que por lá que não é geralmente entusiasta de medidas de combate à mudança climática.

Não quer dizer que nenhuma evolução possa acontecer. Híbridos, mesmo se não plug-in (HEV) são quase inevitáveis diante de exigências de diminuição de emissões. Os motores a explosão desenvolvidos provavelmente não serão puros, mas alguma forma de híbrido.

Nissan: pioneira do carro elétrico estava ficando para trás

A mudança gradual significa que, ainda segundo a reportagem japonesa, a empresa não irá provavelmente ter que demitir funcionários ou fechar plantas, mas poderá fazer um manuseio e uma mudança gradual, mesmo nos EUA.

A Nissan, paradoxalmente, foi uma das pioneiras dos elétricos, ao lançar o popular Leaf num já distante 2010, quando a Tesla ainda estava na fase Roadster. Mas o Leaf, que recebeu prêmios em seu lançamento, não foi o estouro que se esperava, e foi superado pelo Tesla Model 3 como o mais vendido em 2019. A árvore começou a dar frutos relativamente a pouco tempo, como o Modelo Ariya anunciado ano passado.

Via Nikkei, The Drive

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Fábio Marton é redator(a) no Olhar Digital