UE mira em estímulo multibilionário para o setor de chips

A iniciativa da UE, chamada de ‘Lei Europeia dos Chips’, direcionará 15 bilhões de euros para investimentos no setor até 2030
Por Gabriel Sérvio, editado por Karoline Albuquerque 08/02/2022 14h06, atualizada em 08/02/2022 15h05
Profissional manipulando um chip, diante da crise dos chips
H_Ko/Shutterstock
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A Comissão Europeia anunciou nesta terça-feira (8) que vai afrouxar as regras de financiamento voltadas para a instalação de novas fábricas de chips. A estratégia faz parte de um esforço do continente europeu de impulsionar a sua indústria de semicondutores, reduzindo a dependência de componentes fabricados em outros países.

A iniciativa, chamada de Lei Europeia dos Chips, direcionará 15 bilhões de euros para investimentos públicos e privados no setor até o ano de 2030, mais de R$ 90 bilhões na cotação atual.

UE mira em impulso multibilionário para o setor de chips
UE adotará regras mais flexíveis para a instalação de novas fábricas de chips em solo europeu. Imagem: areporter/Shutterstock

Segundo a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, o montante se somará a outros 30 bilhões de euros de investimentos públicos já planejados para o setor.

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Apesar da notícia, os países menores do bloco europeu expressaram desconforto com as regras mais flexíveis, temendo o início de uma corrida comercial que pode favorecer apenas as empresas de países maiores e mais ricos, como França, Alemanha, Holanda e Itália, por exemplo.

O incentivo financeiro também ocorre ao passo em que a gigante Intel busca uma localização para uma nova mega fábrica de chips que será instalada em solo europeu.  

“Estamos considerando um aumento significativo em nossa presença na Europa e esperamos que a ‘Lei de Chips’ da UE facilite esses planos”, disse a companhia norte-americana em comunicado.

Por fim, vale ressaltar que antes de se tornar lei, a iniciativa deve ser aprovada por todos os países da UE. A medida acompanha a mesma tendência vista recentemente nos EUA. O governo americano decidiu investir US$ 52 bilhões para aumentar a competitividade e também reduzir a dependência da China no setor de semicondutores.

A ação ocorre também para tentar mitigar a escassez global de chips, que segue impactando a indústria automotiva, de telecomunicações e diversos outros setores.

Via: Reuters

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Gabriel Sérvio é formado em Comunicação Social pelo Centro Universitário Geraldo Di Biase e faz parte da redação do Olhar Digital desde 2020.

Karoline Albuquerque é redator(a) no Olhar Digital