O Museu de Ciências da Terra, no bairro da Urca, Rio de Janeiro, vai exibir o fóssil brasileiro de um pterossauro que havia sido roubado e exportado ilegalmente há alguns anos, mas foi repatriado e retornou ao país no último domingo (6).

De acordo com o museu, o fóssil estava em exibição no Instituto Real de Ciências Naturais da Bélgica, mas antes disso foi parte de uma coleção privada de um cidadão do país europeu.

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“A gente pegou ele [no] domingo, no [Aeroporto do] Galeão”, disse à Agência Brasil o curador do museu e paleontólogo, Rafael Costa da Silva, que acrescentou: “como estava de forma irregular, ilegal, junto com uma coleção particular, a gente não sabe quanto tempo ficou lá na Bélgica”.

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A TV Brasil, filiada à Agência Brasil do governo federal, no entanto, afirma que o roubo ocorreu em meados da década de 1990.

A identificação do fóssil de pterossauro foi feita pelos especialistas do Brasil em 2017, e desde então as autoridades vêm empenhando esforços para trazê-lo de volta. De acordo com Silva, o material vem da Bacia do Araripe, no Ceará — um sítio paleontológico conhecido, mas que enfrenta várias dificuldades de roubo de fósseis.

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A região é conhecida por ter diversos restos do período Cretáceo, em torno de 120 milhões de anos. Agora devolvido ao Brasil, o pterossauro recuperado estará em uma exposição temporária com outros fósseis de sua espécie, mas eventualmente deve seguir para uma exibição maior. De acordo com Silva, uma data mais definitiva deve ser divulgada até o início do Carnaval.

Segundo especialistas do Museu Americano de História Natural, os pterossauros, apesar do nome, não eram dinossauros. Embora tecnicamente “primos” dos gigantes que dominaram o mundo na pré-história, esses animais eram répteis originados de uma linhagem evolucionária diferente deles.

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Os pterossauros também foram os primeiros animais — depois dos insetos — a desenvolverem capacidade de voo: não apenas “planar” e pousar delicadamente, mas sim bater asas e gerar força suficiente para um processo natural de decolagem.

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